08 setembro 2023

Minha opinião

Na política nem tudo que reluz é ouro

Luciano Siqueira

 

Quase no mesmo instante em que o deputado pernambucano Silvio Costa Filho (Republicanos) é anunciado como novo ministro dos Portos e Aeroportos, o seu partido divulga nota oficial afirmando que não fará parte da base do governo.

Incompreensível?

Nem tanto assim.

É que, com raras exceções, os mais de trinta partidos políticos registrados legalmente no Brasil não são exatamente instituições programáticas. Vale dizer, seus parlamentares se comportam nas casas legislativas mais movidos por suas motivações individuais do que pela orientação partidária.

Entretanto, o ingresso de dois novos ministros, o já citado do Silvio Costa Filho e André Fufuca, o novo ministro do Esporte (PP) pode agregar entre 60 e 70 votos favoráveis ao governo, segundo estimativas.

O paradoxo implica que a cada votação do interesse do governo há de seguir complexo e penoso processo de negociação, quase que abordando um a um os parlamentares.

Isso dá a dimensão das dificuldades do presidente Lula em aprovar proposições essenciais do projeto de reconstrução nacional com qual se comprometeu na campanha eleitoral.

Também demonstra o quanto é preciso que em certo segmentos situados à esquerda, que cobram do presidente uma postura de cedência zero, a visita da análise da situação concreta e do bom senso.

O caleidoscópico tempo presente https://bit.ly/3Ye45TD

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