Cabeça de bagre, nem tanto
Luciano
Siqueira
O site da BBC noticia estudo do cérebro de mosca que pode ajudar a entender o pensamento humano, segundo os cientistas envolvidos.
Transcrevi a matéria aqui no blog porque, além de curiosa, nos faz
pensar https://lucianosiqueira.blogspot.com/2024/10/cerebro-de-mosca.html?m=1
.
E até a rever certos conceitos, como aquele de que o ser humano que não
consegue raciocinar de modo lógico é um "cabeça de bagre".
Ora, o peixe tem cérebro infinitamente maior do que o da mosca e isso
pesa, a meu ver, a não ser que nesse caso valha a velha máxima de que tamanho
não é documento.
Eu me recordo do segundo ano do curso médico, da Universidade Federal de
Pernambuco, quando descobri, na cadeira de microbiologia, a importância que se
dava a pesquisas com um tipo de mosca, a Drosophila melanogaster.
Para estudo de micro-organismos vetores de doenças transmissíveis, tudo
bem. Mas fatiar o cérebro das ditas cujas em centenas de micropartículas afim
de estudar o seu comportamento, sinceramente, ultrapassa minha capacidade de
compreensão.
E, de quebra, reforça a minha convicção de que escolhi certo, à época,
optando por ser médico ao invés de cientista de laboratório.
Valorizo toda e qualquer pesquisa, mas prefiro usufruir dos resultados
delas no trato cotidiano com as pessoas.
De todo modo, os pesquisadores avançaram muito a ponto de descobrirem
por que é tão difícil a nós humanos golpear uma mosca: circuitos da visão do
minúsculo inseto detectam a direção de onde vem o golpe, transmitem o sinal
para as suas patas, provocando pulo mais forte para as patas voltadas para a
direção contrária ao ataque.
Em que tudo isso pode vir a melhorar a vida de nós outros, simples
humanos, sobre a face do conturbado planeta Terra, não sei.
Mas vale pela curiosidade.
Leia sobre vício digital: https://lucianosiqueira.blogspot.com/2023/06/habitos-digitais-dispersivos.html
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