Oscar Niemeyer
Prossegue Oscar
não dá trela ao tempo metafísico.
Rabisca
o tempo dialético.
Anda Oscar
pés nas veredas
neurônios orbitando no universo
poemas caçados pela vida.
Menino grafiteiro,
soerguendo versos
com o carvão das cidades,
na lousa das calçadas.
Continua, menino Oscar,
aliviando o peso do concreto
quebrantando a dureza
do caos de aço.
Permanece, sábio companheiro
extasiando as gentes
com a alquimia intrépida
da coerência incitada pela esperança.
Ainda tempo bastante Oscar,
menino visagista.
Mulheres, as cidades são devotas
da paixão de um gênio.
João Pessoa 15 de dezembro de 2007, Cem anos do arquiteto Oscar Niemeyer
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