De Audísio Costa, sobre o fim da CPMF:
“Muito se fala do CPMF, mas pouco se diz que 78% é de origem das grandes empresas. Pouco se fala que esta contribuição é uma da que mais contribuía para o investimento no social. Portanto a luta é: para onde vai o imposto? Se fosse revertido para o grande empresário, nada teria acontecido, pois alíquotas maiores de outros tipos de impostos não são questionadas, devido ao seu destino: apoio às grandes empresas. Mas a CPMF ia para as ações sociais. E foi graças as ações sociais que o povo brasileiro reelegeu LULA. Para derrotar Lula, primeiro é preciso derrotar o povo. E uma das formas é tirar-lhe o direito à assistência social, tais como educação, saúde e formação profissionalizante. Ora, acabando o CPMF, de onde vai sair os recursos para estas ações? O que imprensa não diz é que há uma diferença de representação entre Camara Federal e o Senado. Observe-se que no Senado a representação é por estado, não interessando o número de cidadão(ãs) existente no estado. Esta é uma diferença importante. E surge a questão que você fala da reforma política e também de Estado: deve haver Senado? Deve ele, o senado, estar centrado na pessoa do senador cuja maioria representa o poder do capital e não da classe trabalhadora?
Outro dado importante é que agora os governadores não são mais do PFL, agora DEMO, e do PSDB como era no tempo de FHC. Como vão os governadores atender seus governados sem estes quarenta bilhões de reais, cujo investimento prioritário era no social?
A luta do CPMF, não foi uma luta simples de política tributária, foi na realidade de concepção de Estado. Queremos um estado com responsabilidade social ou aquele neoliberal, o estado mínimo sem compromisso com o social? Neste momento venceram os defensores do estado mínimo, isto é do projeto neoliberal.”
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