De Flávio Domingues, por e-mail: “Como bom aluno do Prof. Vantuil... não acredito na “democracia” dentro do capitalismo. Concordo com o professor quando diz que o voto referenda o que o capital decidiu... porém, de volta ao mundo real... aquele que vivemos e tentamos transformar... gostaria tecer algumas considerações sobre o assunto:
A perda da CPMF não é só uma perda do governo que usava os seus recursos para fazer suas políticas sociais. Perdemos todos que esperamos uma distribuição do peso dos tributos de forma proporcional ao que se ganha (continuo acreditando na minha teoria sobre a carga tributária). Se a CPMF ainda era uma pequena parcela do total dos tributos arrecadados... era a menos injusta. Além disso, era a única que permitia um acompanhamento das grandes movimentações financeira, levando a Receita – ocasionalmente – encontrar lavagem de dinheiro, sonegação, entre outros crimes. Essa a verdadeira briga de quem era contra.
Os argumentos usados para derrubar a CPMF eram fracos e facilmente derrubados... mas a mídia não defenderia um imposto que mexia com os que tem muito dinheiro. Dizer que o dinheiro da CPMF não estava indo para a saúde beira a asneira. Qualquer investimento que leve a melhorar a vida dos mais pobres já é tratar da saúde. Pobre morre de falta de comida... isso sim é doença medonha. Pobre que come freqüenta menos hospitais e isso ajuda ao sistema de Saúde Pública.
Um economista de direita chegou ao absurdo de dizer que a CPMF era injusta porque incidia sobre todos de forma proporcional... mas é isso que quero... claro que quero mais que isso... quero que quanto mais se ganhe... mais se aumente as alíquotas de impostos.
Acho uma pena a derrota. Forçará os administradores econômicos do governo a pensar e trabalhar mais no fim do ano... mas não abalará a economia do país que, graças a política implementada pelo governo Lula, está com os ditos “fundamentos econômicos” bastantes sólidos.
Quanto ao proposto pelo Sr. para reforma política... concordo plenamente.
É mais do que hora de o Brasil “modernizar” suas instituições (sabendo de todos os riscos que o termo trás). Mas melhor modernizar com Lula no poder que correr um risco futuro de um presidente de direita assumir esse papel fazer uma reforma com uma “modernização conservadora”. Só um governo de esquerda tem condições de fazer reformas que levem realmente a avanços sócias e tenha como resultado uma menor desigualdade social no futuro.”
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