. O grupo será formado por sete camponeses membros da Associação dos Torturados da Guerrilha do Araguaia, sediada em São Domingos do Araguaia. Segundo o presidente da associação, que assumirá também a presidência da comissão, Sezostrys Alves da Costa, esta é a primeira oportunidade de registrar as violências sofridas pelos camponeses. "Lutamos para que fosse reconhecida a perseguição aos camponeses, agora, vamos ouvir, sistematizar e produzir um relatório para contar o que aconteceu e contribuir com a Comissão da Verdade. Isso é muito importante para nós."
. Durante a audiência de sábado, foram ouvidos três indígenas da etnia Suruí, que vivem na Terra Indígena Sororó, no sudeste do Pará, e seis camponeses. Entre os relatos mais marcantes, está o de uma indígena que conta ter perdido os gêmeos durante cerco feito por militares à aldeia em que vivia. Um camponês conta que, quando criança, perdeu o irmão em uma explosão de granada, encontrada enquanto brincavam.
. Os relatos foram registrados, muitos pela primeira vez, para que façam parte da história da atuação da guerrilha e para facilitar as investigações de violência pela Comissão Nacional da Verdade.
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