cântaro
Cida Pedrosa
a primeira vez que vi o amor
ele veio manso e me pegou desprevenida.
então, passei a colher da mata
o sumo das alvoradas.
a segunda vez que vi o amor
ele veio aceso e me pegou desprevenida
então passei a cavalgar o sonho
e achar doces as invernadas.
hoje, não estou bem certa
mas o amor é como um cântaro
a verter a sede dos desesperados.
[Ilustração: Albert Edelfelt]
.
Veja: A poética ousada e cativante de Joana Côrtes https://bit.ly/3xdnKW8
Nenhum comentário:
Postar um comentário