24 setembro 2022

Palavra de poeta: Ceci Alencar

Outubro meu
Ceci Alencar
 
De frio e chuva o inverno alongado
Fez-me lagos, correntes em anuvio
Se era dor, quimera, poça ou Rio? 
Não! É o charco da República enodoado
 
Chega o verão de vermelho, então pintado
Enxuga o pântano do meu calafrio
Eis que uma estrela brilha no meu rio
Gravitando ao Planalto em seu traslado
 
As ilusões envelhecem de cansares
Eis que é tempo de reais esperançares
Colorindo novo céu de vida, rubro
 
A pátria me empresta o seu vestido
Que cobre marcas do corpo abatido
Bordado em "treze" pra votar em dois de outubro! 
 
Veja: De poeta para poeta em defesa da democracia https://bit.ly/3DLZpMN

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