Um crivo sobre o que interessa
Luciano Siqueira
A informação em tempo real. Tudo bem que essa seja quase que uma realidade absoluta no mundo em que vivemos neste século 21.
Quase porque muita informação importante nós nós temos e muita bobagem é apresentada em destaque. Isto porque, é óbvio, os meios pelos quais as informações circulam têm proprietários, que por sua vez têm interesses.
Em suma: entre o que é preciso saber e o que é possível efetivamente ficar sabendo há o filtro dos donos dos meios pelos quais as informações circulam.
Tão claro quanto a luz do dia em tempo ensolarado.
Então, estou entre os que buscam a multiplicidade de informações que compõe a cena política e a vida em geral, mas que se sentem levados a usar um filtro criterioso a todo instante.
Veja essa manchete em destaque na edição online d'O Globo: "Onde vivem os ultrarricos? Veja lista das 10 cidades escolhidas por eles".
Quero saber não.
O que me interessa mesmo é combater as desigualdades sociais que a todo instante geram esses super privilegiados.
Segundo a Oxfam, "um novo bilionário surge a cada 26 horas desde o início da pandemia. Os dez homens mais ricos do mundo dobraram suas fortunas, enquanto mais de 160 milhões de pessoas foram empurradas para a pobreza. Nesse meio tempo, estima-se que 17 milhões de pessoas morreram de Covid-19 no mundo."
Isso, sim; importa saber. E combater.
As desigualdade sociais se aprofundam de tal maneira que é lícito esperar que ainda na primeira metade deste século XXI viveremos novo ciclo de transformações revolucionárias no mundo.
Mas é claro que essa expectativa não entra na pauta d'O Globo.
Para além do que se vê https://bit.ly/3Ye45TD
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