Resistir é a nossa sina
Luciano
Siqueira
O Monte Everest está crescendo em proporção fora do comum — assegura estudo publicado na revista Nature Geoscience.
Tudo a ver com a fusão dos rios Arun e Kosi, dois rios antigos que fluíram pelo Himalaia e se fundiram há exatos 89 mil anos!
Em consequência, porções de rocha e solo levaram a que o Everest crescesse para cima em até 50 metros.
Apesar da abissal desproporção de tempo, uma analogia é possível em relação aos simples seres humanos.
No transcurso da vida, da quinta década em diante, o nosso corpo conhece transformações (para o bem ou para o mal) que se refletem em nossa consciência principalmente pela noção de finitude.
Mesmo os praticantes de academia e adeptos da chamada alimentação saudável percebem que já não correm como antigamente, nem se assustam tão rapidamente quanto antes.
Nossas reações se dão numa fração de tempo mais lenta, mesmo que por alguns décimos de segundos.
Mais frágeis fisicamente? Talvez.
Mas espiritualmente ouso dizer que a experiência acumulada nos faz fortes e perspicazes.
Em contrapartida, muito maior e mais refinada a capacidade de ouvir, compreender e perscrutar o comportamento humano.
Descobrimos até veredas antes não perceptíveis que encurtam caminhos e nos ajudam a pensar e a realizar mais eficientemente.
Meu caro Monte Everest, resistir é nossa sina.
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