15 março 2007

Na Fundação Gilberto Freyre

Mesa redonda discutiu obras do escritor
Foto: Inaldo Lins

No Boletim Diário da PCR:
Vice-prefeito participa de tributo a Gilberto Freyre
15 de março. Aniversário de 20 anos da Fundação Gilberto Freyre, dos 70 anos da publicação de Sobrados & Mucambos e dia em que o Mestre de Apipucos comemoraria 107 anos de idade. Para festejar a data, o espaço realizou uma série de atividades na tarde desta quinta-feira (15), a partir das 15h, que começaram com a realização da mesa-redonda O Recife: o que há num nome?.

Sônia Freyre, filha de Gilberto Freyre e presidente da Fundação, destacou o objetivo do evento. “O patrono desta casa é autor do primeiro Guia Prático, Histórico e Sentimenal da Cidade do Recife, de 1934. Portanto, a melhor forma de comemorar seu aniversário é falando sobre a cidade”.

A solenidade teve início com a execução do Hino de Pernambuco pelo violonista e compositor, Cláudio Almeida. A mesa, coordenada pela antropóloga Fátima Quintas, foi formada pelo vice-prefeito do Recife, Luciano Siqueira; pela vereadora do Recife, Priscila Krause; pelo violonista Cláudio Almeida; e pelo historiador Antônio Paulo Rezende.

Priscila, a primeira a discursar, apresentou um estudo sobre a obra de Gilberto Freyre e sua relação com o Recife. “Ele falava dos sons, sinos, igrejas e toques de maracatu. Nada escapava ao ‘Recife Meu’, como tratava seu chão materno. Ele nos ensinava a gostar da cidade como a gente gosta de uma pessoa”, afirmou.

Cláudio Almeida elencou histórias e curiosidades sobre os principais compositores do frevo – Senô, Edgard Moraes, Nélson Ferreira, entre outros – enquanto o historiador Antônio Paulo Rezende fez uma reflexão sobre o tema Recife: o que há num nome a partir da questão do conceito da cidade e da linguagem que a nomeia.

Luciano Siqueira encerrou os discursos fazendo o que chamou de registro afetuoso sobre a sua chegada ao Recife, modificações pelas quais a cidade passou desde então e seu contato com a literatura de Gilberto Freyre.

“Pude, aos poucos, vencendo o preconceito de militante, tornar-me um apaixonado pelo seu trabalho. O que mais me toca é que em toda a sua obra sistemática é possível perceber um nexo na expressão do que somos como um povo em construção. E que ele foi pioneiro no esforço de nos revelarmos como este povo”, afirmou.

Após a mesa-redonda, as comemorações prosseguiram com a entrega do Prêmio Gilberto Freyre 2006/07 a Solange Aragão, vencedora do concurso nacional do Ensaios 2006/2007 com o Ensaio Sobre Jardim. O texto foi baseado a partir de trechos do livro Sobrados & Mocambos. O concurso foi promovido pela Global Editora e Distribuidora e coordenado pela Fundação Gilberto Freyre.

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