Parece exagerada a leitura de que ao nomear o deputado Silvio Costa Filho para a Secretaria de Turismo o governador Eduardo Campos esteja trabalhando para limpar o terreno das pré-candidaturas à prefeitura do Recife, no campo das forças aliadas. Sílvio Filho, embora cogitado nas especulações, jamais havia se colocado formalmente como pré-candidato.
De outra parte, se a dialética ensina que “tudo se relaciona”, escapa ao raciocínio dialético forçar a barra das correlações entre coisas que necessariamente não guardam relação entre si. Nesse caso, a vida se encarregará de esclarecer o verdadeiro sentido dos fatos.
Acrescente-se, além disso, que as pré-candidaturas dos deputados Pedro Eugênio e Maurício Rands e do secretário João da Costa se dão no âmbito exclusivo do PT e apenas uma delas, a que se converter em candidatura propriamente dita, haverá de ser examinada pelos partidos aliados a partir de janeiro e, sobretudo, após o carnaval. Já a nossa pré-candidatura, pelo PCdoB, se assenta em variáveis que não foram afetadas pela nomeação de Silvio Costa Filho. Ao contrário, está relacionada ao desenho da correlação de forças no embate eleitoral; surge como solução e não como problema; flui naturalmente, sem atropelar ninguém; e, bem situada politicamente, não encontra obstáculos a que prospere.
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