O Marreco, aquele Irmão Metralha, é um Tio Patinhas?
Enio Lins*
“Serginho Malandro” Moro, um dos maiores exemplos do mau uso da toga, além de péssimo exemplo do uso da língua pátria, corre risco de perder o mandato adquirido nas urnas – por desrespeito às leis eleitorais vigentes.
Desrespeito à Lei parece ser a principal marca da chamada “república de Curitiba” (republiqueta que só deve ser escrita com minúscula e entre aspas), como se percebe facilmente no caso de Deltantan e de outras figuras da mesma escumalha.
Quando um juiz, suspeito de manipular um processo para afastar o candidato presidencial favorito em benefício de outro, aceita um cargo de confiança desse outro, a suspeição acaba e se torna comprovação – simples assim, mas isso nunca foi apurado.
Quando um ministro da Justiça interfere numa investigação policial que poderia incriminar o próprio presidente da República e sua família em um crime de duplo assassinato (da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes) isto significa algo, ou não?
Quando um ex-juiz (sempre suspeito) e ex-ministro da Justiça tenta falsificar o próprio domicílio eleitoral para ser candidato em um Estado onde nunca residiu, mas onde achava que poderia ter mais votos, isso significa algo ou não?
Não poderia dar outra: tudo isso significa que gente desse calibre sempre tentou, tenta e tentará burlar a Lei em benefício próprio; tornaram-se pessoas viciadas, dependentes da química da ilegalidade. É um viver delitoso por essência.
Assim, em se procurando, encontrar-se-á alguma falcatrua em quaisquer procedimentos dessa gentalha. Pois não é que se está encontrando mutretas cometidas pelo ex-juiz suspeito em sua campanha para senador pelo Paraná? Sem surpresas.
Dentre as irregularidades que teriam sido cometidas pela campanha do ex-juiz suspeito, figura a suspeita de abuso do poder econômico, com a distribuição de (declarados) R$ 5,2 milhões quando o limite para a gastança era de R$ 4,4 milhões.
Poxa, não é que o marreco seria um pato, e um Tio Patinhas? Quac! Parece que a festa está prestes a acabar na Disneylândia do Lawfare instalada antanho em Curitiba. Enfim, essa esperança cidadã tramita no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná. Oremos.
*Jornalista e arquiteto, cartunista e ilustrador
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