Eleições em cenário real
Vivenciamos a reta final do primeiro turno das eleições municipais em
todo o território nacional onde se aguçam as lutas entre os campos políticos
pelo poder como uma espécie de ante-sala às grandes batalhas de 2014 para
presidente da República, Congresso Nacional, governos estaduais, Assembleias
Legislativas.
É verdade
que nesse período as paixões se acendem e raramente as grandes questões
relativas aos problemas, projetos para as cidades brasileiras, são conduzidos
sob a ótica mais lúcida que a cidadania exige.
No entanto, bem ou mal exercita-se a democracia de acordo com a realidade nacional e as condições políticas extremamente diferenciadas das várias regiões, dos milhares de municípios do País.
Pode-se dizer muitas coisas certas sobre a nossa ainda incipiente democracia, desde os abusos do poder econômico nas eleições, o clientelismo, as condições desiguais em que se encontram os partidos políticos, vestígios de mando do velho coronelismo com os seus crimes, ameaças de morte etc.
Mas quem já viveu sob regime ditatorial sabe que todos os males dessa atual realidade institucional nunca podem ser trocados pela longa noite do arbítrio que experimentamos durante vinte e um anos onde os partidos encontravam-se banidos, sindicatos, grêmios estudantis fechados, lideranças de oposição imobilizadas, clandestinas, presas, exiladas ou mortas, jornalistas e imprensa amordaçados etc.
O Brasil avançou nos últimos anos e, reconhecido internacionalmente, atingiu novos patamares de crescimento econômico onde foram retirados da faixa de pobreza absoluta milhões de brasileiros e outros milhões passaram a ter acesso a bens de consumo antes impensáveis.
No entanto, bem ou mal exercita-se a democracia de acordo com a realidade nacional e as condições políticas extremamente diferenciadas das várias regiões, dos milhares de municípios do País.
Pode-se dizer muitas coisas certas sobre a nossa ainda incipiente democracia, desde os abusos do poder econômico nas eleições, o clientelismo, as condições desiguais em que se encontram os partidos políticos, vestígios de mando do velho coronelismo com os seus crimes, ameaças de morte etc.
Mas quem já viveu sob regime ditatorial sabe que todos os males dessa atual realidade institucional nunca podem ser trocados pela longa noite do arbítrio que experimentamos durante vinte e um anos onde os partidos encontravam-se banidos, sindicatos, grêmios estudantis fechados, lideranças de oposição imobilizadas, clandestinas, presas, exiladas ou mortas, jornalistas e imprensa amordaçados etc.
O Brasil avançou nos últimos anos e, reconhecido internacionalmente, atingiu novos patamares de crescimento econômico onde foram retirados da faixa de pobreza absoluta milhões de brasileiros e outros milhões passaram a ter acesso a bens de consumo antes impensáveis.
Mas continuam terríveis as nossas dívidas sociais, os mecanismos necessários ao exercício à cidadania dos brasileiros através da escolha dos seus representantes ainda padecem de vícios que foram preponderantes no século passado.
Assim como há atualmente o esgotamento de um ciclo econômico, fundado basicamente no consumo da população, vai ficando claro que a própria dinâmica e necessidade do desenvolvimento nacional passa a exigir uma substancial renovação das ideias sobre a questão institucional em todas as suas esferas e ao exercício da cultura política de modo particular. Trata-se de um debate essencial que a implacável realidade objetiva vai tornando inadiável, urgente.
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