Via crucis
institucional
Luciano Siqueira
Componente muito corrosiva da crise brasileira, o imbróglio
institucional parece se alimentar cotidianamente de mais escaramuças.
As
revelações do Intercept, domingo último, põem mais munição na refrega.
Membros
da força-tarefa da Lava Jato solicitaram a integrantes da Receita Federal rastreamento informal, portanto ilegal, de
dados de contribuintes com o fim de alimentar as investigações e a pressão
sobre autoridades, inclusive ministros do STF.
Assim, o
cheiro de pólvora se amplia num ar já de há muito contaminado. E os embates
entre órgãos do Estado se acirram – atingindo, no caso, diretamente
procuradores do MPF e agentes da Polícia Federal.
Na
verdade, reflexo da ação de grupos encastelados em instituições policiais e
judiciárias, que atuam à margem da Lei, e que se envolveram diretamente no
impeachment da presidenta Dilma e hoje constituem facções comprometidas com a
onda fascistoide em curso.
Na
medida em que o Intercept faz novas revelações, os conflitos internos entre
esses grupos ganham maior dimensão.
Uma vertente perigosíssima do ambiente de desrespeito à Constituição e de afronta direta ao estado democrático de direito.
[Ilustração: LS]
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