16 agosto 2021

Crônica da segunda-feira

Chororô 

Jéssica Barbosa*

 

“Chorar lava a alma”. Assim dizem e eu concordo. 

Choro quando vejo filmes românticos, dramáticos. Quando vejo notícia ruim na internet, TV ou jornal. 

Quando me contam uma história triste ou quando meu cachorro fica doente. Choro de pensar que um dia não terei mais meus avós comigo. Choro pela injustiça e fome do mundo. 

Chorar pra mim nunca foi problema. 

O problema surge quando aprendemos a lidar incorretamente com esta função que o nosso corpo sabiamente desenvolveu. Quando escutamos que temos que conter nossas emoções. Que chorar é sinônimo de fraqueza e que homens não choram. Então engolimos nossos sentimentos e eles ficam engasgados dentro de nós. 

O choro, quando é verdadeiro, leva embora aquilo que já não cabe mais na gente, que já não serve para o nosso crescimento pessoal. Chorar lava o coração e deixa tudo pronto para uma nova felicidade chegar. 

Na maioria das vezes, coloco a culpa desse chororô todo na “TPM”, mas ao mesmo tempo não nego minha essência sensível e chorona. 

Fora isso, e apesar de tanta choradeira, gosto mesmo é de rir. Levo a vida sorrindo, gargalhando sempre que possível. A saúde agradece.

*Jornalista e cronista

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Um tema político - Veja: Uma tremenda demonstração de fraqueza https://bit.ly/3lRLcVT

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