30 agosto 2021

Crônica da segunda-feira

Fé e democracia
Jéssica Barbosa*


Eis que vem chegando mais um ano de eleições…

E enquanto eu descansava o almoço, numa tarde qualquer, com os pés apoiados no centro da sala da minha avó, me peguei pensando sobre como alguns líderes religiosos usam as igrejas como palanques eleitorais. Eu não sou a favor da realização de propagandas políticas em ambientes religiosos.

Para mim, seria mais interessante se os pastores e padres abordassem em seus discursos temas relacionados ao que é a política e para que ela serve.

Meu voto é para que sejam despertadas visões críticas e reflexivas sobre o papel de cada um na sociedade. 

A igreja, enquanto instituição, deve manter-se isenta, permitindo que seus membros exerçam devidamente sua cidadania. Porém isso não lhe tira a responsabilidade de orientá-los quanto ao uso consciente do direito de votar.

Que a gente não confunda isenção com alienação, nem engajamento com comprometimento. Uma igreja pode engajar-se no processo de conscientização, desempenhando o papel de agente politizador. Mas não deve comprometer-se com qualquer que seja a ideologia, partido ou candidatura.

Cada membro deve ser estimulado a pensar por si mesmo e fazer suas próprias escolhas. A função da igreja deve ser pedagógica, não ideológica.

*Jornalista

Veja: Convergência quanto à necessidade de ampliar as alianças https://bit.ly/3kbDHqq

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