A inflação dos alimentos corroendo a renda dos pobres
Mesmo
depois da alta anterior, no curto prazo (3 meses) houve alta de 105 produtos e
queda em 69.
Luís Nassif, Jornal GGN
O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Ampliado) mede teoricamente a
variação do custo de vida para famílias de várias faixas de renda. Já o INPC
(Índice Nacional de Preços ao Consumidor) centrava mais em faixas de menor
renda.
Há uma diferença fundamental. Classes de menor poder aquisitivo gastam a
maior parte do seu orçamento em bens especiais, especialmente alimentação. A
tal deflação registrada artificialmente no IPCA – porque baseada em redução
temporária de tributação – não atingiu os mais pobres, devido à pressão dos
alimentos.
Confira os dados de setembro de 2022, no acumulado de 12 meses. O Índice Geral foi de 7,17%. Mas o índice geral de Alimentos e Bebidas foi de 11,71%. E o índice de alimentação no domicílio foi de 13,28%.
E não se trata apenas dos últimos 12 meses.
Em 18 meses, por exemplo, o índice geral foi de 12,3% contra 16,6% de
Alimentação e Bebidas e 18,6% de Alimentação no Domicílio.
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