Os clarins de Momo
aquecem a economia
Luciano Siqueira
Escrevi sobre o Carnaval algumas vezes aqui no blog, nesses mais de 15
anos de postagens diárias interrompidas. Em geral crônicas https://bit.ly/3IgoGR6
Sempre na condição de ex-folião — desde que vice-prefeito do Recife pela primeira vez. Não teria a liberdade de circular livremente e, convenhamos, ninguém fica à vontade na companhia do cerimonial e da segurança.
Agora faltam poucos dias para a festa. Na verdade, já começou - aqui na terra do frevo e do maracatu e alhures. É o que a TV nos mostra: a folia ocupa as ruas nas capitais e muitas outras cidades, desde já, a título de prévia.
Com um detalhe: mais uma vez os festejos de Momo despontam como um promissor negócio em economia ainda capenga.
O Sebrae avalia que setor de turismo, por exemplo, deve oferecer cerca de 24,6 mil vagas de trabalho temporário.
Num universo estimado em 46 milhões de foliões, o Ministério do Turismo prevê um movimento em torno de R$ 8 bilhões.
Alívio temporário significativo em cidades como Recife, por exemplo, em que a extrema desigualdade social tem como subproduto o trabalho informal sempre em expansão.
Quando estive na Prefeitura do Recife, vice-prefeito que fui por quatro mandatos (16 anos), pude constatar que contingente significativo de trabalhadores informais atraídos pela oportunidade do trabalho temporário, vindos não apenas do interior de Pernambuco mas também da Paraíba.
Da cerveja ao adereço tudo se vende e tudo se compra.
Que assim seja, sob o clima contagiante do nosso carnaval assumidamente multicultural, no qual cabem todos os ritmos e todas as formas de efusão da alegria que segue como um direito, agora em que a esperança se faz viva pós derrota do fascismo nas eleições presidenciais.
Evoé!
Pierrôs e Colombinas são para sempre https://bit.ly/3Ye45TD
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