Nosso amado planeta
vítima da indiferença
Luciano Siqueira
Pior do que a crítica ou o combate frontal ou o desamor é a indiferença. Nas relações humanas e também interplanetárias.
Interplanetárias,
como assim?
Tão surpreendente
quanto doloroso.
É que os cientistas
Jacob Haqq-Misra, do Blue Marble Institute of Science, e Thomas J. Fauchez, da
American University (EUA), em artigo no Astronomical Journal, sugerem que seres
de outras civilizações do Universo, tão inteligentes ou mais do que a humana,
talvez prefiram se expandir em torno de estrelas menores que o sol, que eles
chamam de anãs vermelhas (tipo M) e laranjas (K), dotadas de maior longevidade
do que o nosso astro rei.
Desse modo, estariam
dando razão a Enrico Fermi, que já em 1950 manifestava estranheza em relação a
essa, digamos, indiferença em relação à Terra e a nós terráqueos.
Não se assuste com os
números, pois em linguagem astronômica eles são assim superlativos. O fato é
que o sistema solar tem 4,5 bilhões de anos, com vida útil estimada em 10
bilhões.
Por muitas razões,
bem antes do fim do sistema solar a Terra estará inabitável, o que obrigará
nossos descendentes a migrarem para outro sistema — quem sabe, enfim,
encontrando distintas civilizações mais ou menos avançadas do que a nossa.
Cá com meus modestos
botões fico a imaginar se, apesar das incomensuráveis distâncias, nós não
poderemos adiante, mercê do nosso próprio progresso científico e tecnológico,
nos comunicar com seres de outras civilizações e convidá-los a conhecer o
futebol, o carnaval, a caipirinha, um bom vinho e um perfeito whisky escocês.
Ah, quando isso for
possível extraterrestres de diversas galáxias confraternizarão com os
terráqueos e conhecerão a beleza da vida em nosso tão maltratado e amado
planeta.
A vida é e sempre será
arriscosa https://bit.ly/3Ye45TD
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