A economia brasileira volta a respirar bem, obrigado
Enio Lins www.eniolins.com.br
Não é para comemorar, mas deve ser comemorada. A prestigiada agência de classificação de risco Standard & Poor’s Global Ratings elevou a nota de crédito (perspectiva de rating) do Brasil de “estável” para “positiva”. É a melhor classificação do nosso país desde 2019.
Não é para comemorar, apesar de ser avanço importantíssimo, porque o país tem muito o que avançar para consolidar essa tendência, e dois fatores negativos se alevantam: 1) a herança maldita deixada por Jair & Guedes; 2) a má vontade da oligarquia econômica nacional.
Deve ser comemorada, pois essa nota emblemática, conquistada a menos de 180 dias de nova gestão, comprova a competência – e superioridade em relação à equipe passada – do governo Lula em cuidar da economia brasileira em bases contemporâneas.
Que coisa, não é? Lula, tido e havido como de esquerda (comunista, para alguns) prova, novamente, que é bem mais capaz de tratar a economia brasileira que um desgoverno assumidamente e reconhecidamente como de direita-raiz e/ou extrema-direita.
Segundo a jornalista Isabela Bolzani, em reportagem do G1, “O movimento reflete sinais de maior certeza sobre a estabilidade das políticas fiscal e monetária, que podem acabar beneficiando o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país”.
Para a S&P, “apesar de o Brasil ainda registrar grandes déficits fiscais” [herdados do desgoverno do Jair], o “avanço da atividade e um caminho mais claro para a política fiscal podem resultar em um ônus da dívida do governo menor do que o inicialmente esperado”.
Fernando Haddad, ainda na quarta-feira, republicou a decisão da S&P no Instagram e no Twitter, afirmando que a economia do país "já demonstra uma capacidade grande de apresentar resultados positivos". Ministro, parabéns! Mas não baixe a guarda...
Não se esqueçam que o Brasil tem um Banco (Bando) Central trabalhando contra; que muitos ditos “grandes empresários” torcem o nariz para o governo Lula, que uma parte da classe média ainda choraminga, em mimimi eterno, pelo mito derrotado nas urnas...
Há muito o que fazer e essa obra só está começando. São apenas 167 dias de governo, com muito chão esburacado pela frente, inclusive com um Congresso desfavorável e famélico. Melhor deixar para comemorar depois. E, agora, intensificar o trabalho.
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