NOVAS QUEDAS EM ÍNDICES INFLACIONÁRIOS REFORÇAM MELHORA NA ECONOMIA
Indicadores do IGP-M apontam para uma deflação recorde na série iniciada em 1989
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Mais uma vez, a economia brasileira dá sinais de consolidação de um viés positivo, reforçando que, além de necessária, a queda nos juros é possível. Em junho, o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), teve queda de 1,93%. Em maio, também havia sido registrada deflação de 1,84%.
Com esses resultados, o indicador já caiu 4,46% no acumulado do ano até agora e 6,86% nos últimos 12 meses. Os indicadores apontam para uma deflação recorde na série histórica, iniciada em 1989. Comparando com junho de 2022, naquele momento o índice havia subido 0,59% e acumulava alta de 10,70% em 12 meses.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) também caiu 2,73% neste mês — em maio, a queda foi de 2,72%. Desta forma, o indicador de preços no atacado reduziu 6,95% somente neste ano, 10,34% em 12 meses. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais caiu 1,22% em junho. No mês anterior, a taxa teve queda de 0,16%.
Vilões do bolso dos brasileiros nos anos anteriores, os combustíveis agora vêm registrando queda, refletindo o novo momento do país. Segundo informado pela pesquisa, a principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de -1,27% para -10,56%, no mesmo período.
O índice relativo a Bens Finais, que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, caiu 0,39% em junho, após queda de 0,09% no mês anterior.
A taxa do grupo Bens Intermediários também registrou nova queda, passando de -1,49% em maio para -2,88% em junho. Segundo a FGV, o principal responsável por este movimento foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cujo percentual passou de -6,09% para -11,44%. O índice de Bens Intermediários, obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, caiu 1,39% em junho, contra queda de 0,64% em maio.
“O preço do diesel encolheu 13,82%, enquanto a preço da gasolina caiu 11,69%. Afora tal contribuição, os preços de importantes commodities agropecuárias seguem em queda, como: milho (-14,85%) e bovinos (-6,55%). No âmbito do consumidor, índice que registrou queda de 0,25%, as principais contribuições partiram dos preços da gasolina (-3%) e dos automóveis novos (-3,76%)”, destacou o coordenador dos Índices de Preços do Ibre/FGV, André Braz, à Agência Brasil.
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) reduziu a alta de 0,48%, verificada em maio, para 0,25% agora. Sete das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição partiu do grupo Transportes, cuja taxa de passou de 0,50% para -1,68%. Nesta classe de despesa, cabe mencionar o comportamento do item gasolina, cujo preço variou -3,00%, ante -0,09% na edição anterior.
No caso do Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), houve aumento em junho de 0,85% ante 0,40% em maio.
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