Treme a terra plana com a fala de Tony Garcia
Enio Lins www.eniolins.com.br
Na semana passada, veio à tona um depoimento que tem o condão
de esclarecer, com profundidade, o grande trambique lavajatista. Mas não
conquistou espaço digno na imprensa. Por que será? Resquícios da cumplicidade
midiática com Moroless, Deltantan & Cia.?
As denúncias foram relatadas por um ex-agente da
quadrilha lavajateira, Tony Garcia. Esse cidadão teria atuado durante bom tempo
como “elemento infiltrado”, numa opção não-voluntária, mas – segundo o
denunciante – chantageado pelo ex-juiz.
Esse tipo de denúncia, bombástica, não pode ser
engavetada, condenada ao esquecimento ou simplesmente seguir replicada como uma
alma penada no ectoplasma digital. O denunciado por Garcia tem elementos mais
que verossímeis, e exige virar inquérito.
Antônio (Tony) Garcia é empresário, foi deputado
estadual no Paraná, onde se candidatou também, entre 1992 e 2002, a senador,
por três vezes, e a prefeito de Curitiba. Preso em 2004, por Sérgio Moro, a
partir daí teria virado chumbeta do então juiz.
Na condição de protagonista, narrando em primeira
pessoa, Garcia revela detalhadamente uma teia criminosa, de alto poder
corruptor, comandada pelo (na época) juiz Sérgio Moro, atuando por dentro da
justiça federal no Paraná.
Sem dúvida é a mais importante, a mais
consubstanciada denúncia já feita sobre a corrupção (ativa e sistemática) no
interior do poder judiciário brasileiro, envolvendo outros magistrados e
integrantes do Ministério Público, aí inclusas algumas celebridades nacionais.
Então, a questão é: será ou não será apurada? O
grupamento denunciado por Garcia segue encastelado e atuando fortemente, o que
pode ser comprovado pelo afastamento sumário do juiz Eduardo Appio, o primeiro
magistrado que ousou questionar o esquema.
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do PCdoB https://tinyurl.com/3vnacznu
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