Vitória sem heróis
Luciano Siqueira
Depois de aprovada na Câmara dos Deputados por larga vantagem, a PEC da reforma tributária é recepcionada no Senado cercada da melhor expectativa.
Ainda que sofra alterações e regimentalmente tenha que retornar a Câmara para nova votação, em sua essência já é vitoriosa.
Circulam na mídia e nas redes sociais avaliações as mais diversas sobre quem perde e quem ganha.
Ainda que não seja a reforma tributária dos nossos sonhos — comentei isso em minha coluna no portal Vermelho https://tinyurl.com/2xpy4okx —, supera muitos entulhos e dá um passo à frente, conforme algumas matérias esclarecedoras aqui no blog.
Por isso é fato que se trata de uma vitória do governo, em contraste com os esforços frustrados do ex-presidente Jair Bolsonaro, que tentou a todo custo derrotar a PEC apelando aos parlamentares que estiveram afinados com ele no último pleito presidencial para que votassem contra.
No próprio PL, partido do ex-presidente, nada menos do que 20 deputados votaram favoravelmente.
Na verdade, uma vitória conquistada a muitas mãos. Do próprio presidente Lula, que agiu hábil e muito discretamente, do líder e dos vice-líderes do governo na Câmara e de ministros e parlamentares de diversas legendas.
Verdade também é que o governo agiu, seja abrindo espaços políticos em escalões intermediários da gestão, seja liberando recursos concernentes a emendas parlamentares ao Orçamento Geral da União.
Numa correlação de forças em que quase quatro quintos da Câmara se situa ao centro, ao centro-direita e à extrema direita, não poderia ser diferente.
Este é o ponto de vista acertado na abordagem do assunto. Pela política. Fora disso é se perder em particularidades e filigranas.
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Quem pode ser beneficiado e quem pagaria mais na reforma tributária? https://tinyurl.com/2zcffzff
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