A maré não estava para peixe
Luciano Siqueira
O quebra-cabeças foi o plano golpista urdido pelo próprio ex-presidente Bolsonaro e seu staff civil e militar.
Até datas alternativas chegaram a considerar na hipótese de impedirem não apenas a posse, mas antecipadamente a diplomação do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.
Porém faltou o clima. Ou, melhor dizendo, o ambiente social e político que de fato permitisse uma certa margem de segurança na viabilidade do golpe.
Os acampamentos de ativistas ensandecidos defronte aos quartéis não foram suficientes. Ao contrário, converteram-se gradativamente em sinal barulhento de inconsequência.
Talvez esteja aí uma das razões pelas quais os comandantes das três forças no momento decisivo teriam negado o apoio necessário ao ex-presidente golpista.
De tal modo que importa anotar a surpreendente ausência de base social para o golpe, apesar de um resultado eleitoral quase empate.
Ou seja, o ideário ultradiretista e odioso de Bolsonaro conseguiu contagiar quase a metade do eleitorado, mas não o suficiente para interromper o processo democrático.
O capitão tentou pescar em águas turvas.
Esse dado dado psicossocial, digamos assim, há que se considerar no esforço cada vez mais necessário de mobilizar a população em favor das medidas de caráter progressista encetadas pelo governo Lula.
Navegando em mar revolto ttps://bit.ly/3Ye45TD
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