Israel pratica um genocídio contra a população palestina em Gaza, sim!
Enio Lins*
Genocida: não existe outra denominação para o governo israelense. Nazifascista: termo correto para definir Bibi Netanyahu. Holocausto: vocábulo mais apropriado para explicar o massacre em Gaza. Esses verbetes são confirmados cotidianamente por crimes contra a humanidade como a chacina realizada na quinta-feira, 29, quando as forças armadas israelenses fuzilaram centenas de palestinos que buscavam comida.
LEMBRANDO HAIO MEYER
Sobrevivente de Auschwitz, o judeu alemão Haio Meyer, em palestras e entrevistas concedidas, repetia que “é possível traçar paralelos entre o tratamento recebido pelos judeus na 2ª Guerra Mundial e a situação atual dos palestinos nas mãos dos israelenses” e que “os israelenses desumanizam os palestinos, tal como os nazistas tentaram me desumanizar. Ninguém deveria desumanizar o outro”.
Meyer, conceituado físico, adotou a cidadania holandesa e passou o resto da vida defendendo o humanismo e denunciando os crimes de Israel. Entre outras obras, escreveu “O Fim do Judaísmo”, livro que ainda hoje irrita os sionistas. Seu coração humanitário foi poupado do desgosto adicional de testemunhar os intensos massacres – um genocídio – de palestinos em Gaza uma década depois de sua morte, ocorrida em 2014, aos 90 anos. Seus escritos e suas entrevistas deveriam ser leitura obrigatória em todo mundo.
MATANÇA DE 29 DE MARÇO
Segundo o site www.terra.com.br, “organizações humanitárias relatam que ultimamente se tornou quase impossível entregar mantimentos à maior parte da Faixa de Gaza em razão das dificuldades de coordenação junto aos militares israelenses, em meio às hostilidades e à desordem. A ONU estima que 2,3 milhões de palestinos enfrentam a fome, sendo que 80% deles deixaram seus locais de residência”.
Nessa ambiência de terror e fome causada pelo governo Netanyahu contra a população de Gaza, a chegada de caminhões com comida causaram (obviamente) tumulto entre os famélicos, que teriam avançado desordenadamente para pegar algum alimento e, nesse momento de desespero, o exército israelense abriu fogo, matando em massa, e ampliando o poder letal dos projéteis pelo pânico dos alvejados e pelo movimento dos veículos tentando fugir às balas. Foram assassinadas, na hora, mais de 100 pessoas, com mais de 700 feridos, numa contabilidade ainda não concluída.
NAZIFASCIMO ISRAELENSE
Além do massacre, o governo israelense, através de seu ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, considerou a ação do seu exército como “excelente” e defendeu o fim de ajuda humanitária internacional a Gaza em postagens no ex-Twitter. Escreveu o auxiliar de Netanyahu: “Deve ser dado apoio total aos nossos heroicos combatentes que operam em Gaza, que agiram de forma excelente contra uma multidão de Gaza que tentou prejudicá-los”. O ministro considerou “loucura” essa ajuda humanitária.
Em 15 de maio de 2021, a jornalista Sandra Cohen, em texto disponível no site globo.com, apresentava a fera: “Indiciado mais de 50 vezes, ele [Itamar Ben-Gvir] acumula um histórico de ações provocativas, uma delas aos 19 anos, em 1995, quando exibiu o emblema do Cadillac arrancado do carro do então premiê Yitzhak Rabin. ‘Pegamos o carro dele, vamos pegá-lo também’, ameaçou, diante de repórteres de TV”. Rabin foi assassinado semanas depois dessa ameaça, em 4 de novembro, por um terrorista israelense chamado Yigal Amir, que, inexplicavelmente, conseguiu furar o impenetrável bloqueio das forças de segurança de Israel às suas autoridades e disparar – sem ser incomodado – à queima-roupa, contra o então Prêmio Nobel da Paz.
Este não é um mero detalhe: se a extrema-direita nazifascista israelense não poupa nem mesmo judeus, imagine poupar o povo palestino. E o holocausto imposto pelos sionistas israelenses conta o povo palestino segue adiante, hoje – sem a pressa dos nazistas alemães contra o povo judeu, ontem.
O mundo gira. Saiba mais https://bit.ly/3Ye45TD
Nenhum comentário:
Postar um comentário