Eduardo
Bomfim, no portal Vermelho
O Brasil vive uma encruzilhada
Histórica. Os fatos demonstram que ela exige soluções de conteúdo estratégico
favoráveis ao povo brasileiro, à nação.
Especialmente diante do cenário de crise dos fundamentos da
economia mundial onde os indicadores apontam para uma estagnação crônica ou
mesmo os riscos do estouro de uma nova bolha financeira, assemelhada ao
cataclismo de 2008.
De outro lado, o imbróglio da sociedade norte-americana é
visível nas rotinas sociais, as políticas refletidas na atual campanha
eleitoral, a grande tensão cultural, a decadência industrial.
A violência em suas atividades cotidianas, constantes
ataques perpetrados por psicopatas cujas variadas motivações, como o massacre
em uma discoteca essa semana, não mais esconde a desorientação civilizatória, o
delírio da intolerância fanática.
Já o continente europeu vive gravíssima situação que se
manifesta nas imensas ondas de refugiados, fruto de guerras de agressões contra
nações africanas e o Oriente Médio, só comparáveis às multidões em fuga do
nazi-fascismo durante a 2a Guerra Mundial.
Além disso, é cada vez maior a insatisfação social contra os
cortes nos direitos trabalhistas como o recente protesto de mais de um milhão
de assalariados em Paris.
O Brasil não foge aos efeitos nefastos da globalização do
capital rentista nos âmbitos econômicos, sociais, civilizacionais.
A crise política que resultou no golpe contra a presidente
Dilma é parte desse contexto, assim como o ilegítimo, interino governo Temer.
O País é a 7a economia mundial, a quinta nação em extensão
territorial, uma população de 200 milhões de habitantes, riquezas naturais,
posição geopolítica excepcionais.
Já o governo Temer busca implementar políticas neoliberais
ortodoxas como nos casos do pré-sal e do setor nuclear. Mostra a que veio e a
quem está alinhado.
Só a convocação de eleições presidenciais, através de
plebiscito, supera o impasse institucional em que se encontra a nação.
O Brasil precisa definir, em largo itinerário, em um mundo
de uma globalização imposta, que nação pretende ser, onde deseja ir, para
conseguir atuar em suas variáveis sem, no entanto, “submeter-se ao seu
comando”.
Essa é a outra face da crise estrutural que vivenciamos. Da
qual, só sairemos através de um projeto soberano de desenvolvimento
estratégico.
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