DIAS DE FÚRIA
Estamos a uma semana da decisão final das eleições 2022. Domingo,
31, no cair da noite subirão ao infinito e além os resultados das urnas. Daqui
até lá são menos de sete dias de grandes estresses, de renhidas batalhas e de
tentativas desesperadas de alteração no rumo dos acontecimentos. E existem as
almas sebosas que nem a pau tiram da cachola o sonho de um golpe capaz de
reverter as tendências conhecidas.
Também é verdade que essas eleições, no quesito presidencial, estão
andando conforme o previsto, sem grandes surpresas. As pesquisas, tão temidas
por alguns, acertaram (os institutos mais respeitáveis) nas previsões sobre a
disputa pela faixa verde-amarela, ao indicar o favoritismo de Lula, inclusive
com a possibilidade de vitória no primeiro turno, e disseram da força da
candidatura de Jair B. à reeleição. E anteciparam que as demais candidaturas
eram quase nada.
O segundo turno, igualmente, anda conforme as previsões. Jair B., animado
pelo fato de ter escapado da foice no primeiro turno, bota mola para virar o
jogo, e isso é direito dele. Luiz Inácio enfrenta o desalento de parte de sua
tropa por não ter levado a faixa de primeira. Impulsionada pelos bilhões de
reais do famigerado Orçamento Secreto e por valores ainda não mensurados vindos
dos endinheirados apoiadores, a candidatura Jair/Braga avançou um pouco mais
que a candidatura Lula/Alckmin – que preserva a dianteira.
Previsível também é alguma patranha de alto coturno vinda da trupe 22,
pois quando era a gangue 17, em 2018, providenciaram uma incrível facada
salvadora, no momento certo, para complementar o golpe jurídico que prendeu e
tirou da disputa o candidato favorito em benefício do Capitão de milícias.
Tentarão algo grande, isso é certo, além da montanha de dinheiro que está sendo
despejada no processo para comprar votos.
Previsível foi
(é) a letargia na turma 13, pois a ilusão de vitória fácil causou prejuízo
grande, embora reversível. Em momentos como nos atos com a presença de Lula, o
velho vigor combativo enche e eletriza a ruas, mas no dia a dia, a modorna toma
conta das militâncias democráticas antes tão aguerridas. Como disse o filósofo
Leo Ailtonvich, “a esquerda perdeu as ruas para a direita desde 2013, quando
das manifestações ‘por algo mais que 10 centavos’ contra Dilma”. É hora da
militância abandonar essa pachorra e, em menos de sete dias, dar o calor que
precisa ser dado – ou o Capiroto leva mais essa.
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As raízes e os males do tal orçamento secreto https://bit.ly/3S2fFwA
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