A esperança ao
alcance da mão
Luciano Siqueira
Em um mês de governo,
em parte por iniciativa própria e em parte pela atabalhoada e agressiva
oposição, o governo Lula mantém acesa a chama da esperança.
Isto não é uma
questão menor. Em uma nação dividida e sob o impacto da luta ideológica, a
esperança de mudanças reais há de ser uma aspiração concreta. Ou seja, traduzida
em iniciativas práticas que repercutam sobre a vida da maioria.
Ao alcance da mão.
A defesa da
democracia diante dos acontecimentos de 8 de janeiro e o enfrentamento do
desastre humanitário que atinge o povo ianomâmi, por exemplo, são símbolos
inegavelmente fortes. Emocionam. Despertam e renovam convicções.
Mas um passo há de
ser dado, na esteira de uma melhoria substancial da economia — a retomada do
emprego e do salário e a ampliação do consumo. E assim, dando concretude à
promessa do presidente Lula de fazer com que as pessoas saiam de casa para
trabalhar e consigam fazer as três refeições diariamente.
A guerra cultural e a
disseminação da tal realidade paralela entre milhões de brasileiros e brasileiras
tornam a insatisfação, a revolta e o ódio o alimento espiritual cotidiano de
quase a metade eleitorado do país, somados os adeptos do bolsonarismo e os
movidos por um antipetismo difuso.
A melhoria gradativa
das condições de vida, em várias dimensões, uma vez alcançando a maioria da
população poderá reduzir o sentimento antipetista e, por consequência, levar o
bolsonarismo propriamente dito ao isolamento.
A reconstrução nacional precisa disso.
Somos do tamanho do que enxergamos https://bit.ly/3Ye45TD
Nenhum comentário:
Postar um comentário