Brasil bate novo recorde e tem menor nível de desemprego da história
Pessoas nessa condição correspondem a de 5,8%, o menor patamar desde 2012. Com isso, número de empregados também atingiu seu melhor índice, num total de 102,3 milhões de pessoas
Priscila Lobregatte/Vermelho
O desemprego no Brasil continua caindo e chegou ao patamar de 5,8%, o menor da série histórica em 13 anos. Em relação ao trimestre de janeiro a março (7%), a redução foi de 1,2 ponto percentual. Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior (6,9%), a queda foi de 1,1 pp. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada pelo IBGE nesta quinta-feira (31).
Desde 2012, o índice não era tão baixo. Pelas redes sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemorou o resultado: “É para isso que seguimos trabalhando todos os dias. Emprego, renda, dignidade”.
O IBGE também apontou recordes na taxa de participação na força de trabalho, que ficou em 62,4%, bem como no nível da ocupação, de 58,8%, igualando-se ao trimestre de setembro a novembro de 2024. De acordo com a pesquisa, a população ocupada, de 102,3 milhões, foi recorde da série histórica. Houve crescimento tanto no trimestre — , 1,8% (mais 1,8 milhão) — quando no ano — com avanço de 2,4% (mais 2,4 milhões).
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“O crescimento acentuado da população ocupada no trimestre influenciou vários recordes da série histórica, dentre eles a menor taxa de desocupação”, explica Adriana Beringuy, coordenadora da pesquisa.
No campo inverso, o da população desempregada, que soma 6,3 milhões, o recuo foi de 17,4% (cerca de 1,3 milhão de pessoas) no trimestre e de 15,4% (menos 1,1 milhão) no ano.
Carteira assinada x informalidade
Dado igualmente bastante positivo trazido pelo levantamento diz respeito a outro recorde: o empregados com carteira assinada no setor privado. Ao todo, esse contingente soma 39 milhões de pessoas, resultado 0,9% superior ao apresentado no trimestre anterior. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o crescimento foi de 3,7%.
Ao mesmo tempo, foi identificada queda na informalidade. No período analisado, essa taxa foi de 37,8%, índice inferior ao verificado tanto no trimestre móvel anterior (38%), como no mesmo trimestre de 2024 (38,7%).
Segundo o IBGE, “a taxa de informalidade registrada de abril a junho de 2025 só é maior do que a observada em igual trimestre de 2020 (36,6%). A queda na informalidade aconteceu apesar da elevação de 2,6% do contingente de trabalhadores sem carteira assinada (13,5 milhões), acompanhada da alta de 3,8% do número de trabalhadores por conta própria com CNPJ (mais 256 mil) na comparação trimestral, e mostrou estabilidade no confronto anual”.
Nesse cenário favorável, o contingente de desalentados atingiu seu menor nível em quase dez anos. Ao todo, são 2,8 milhões de brasileiros nessa situação, com recuos de 13,7% frente ao trimestre de janeiro a março de 2025, e de 14% em relação a abril a junho de 2024, quando existiam 3,2 milhões de pessoas vivendo nessa condição.
Ganhos dos trabalhadores
Os avanços que o Brasil vêm obtendo na economia e no mercado de trabalho também se refletem no aumento dos ganhos. O rendimento médio mensal real chegou a R$ 3.477 no trimestre de abril a junho de 2025, outro patamar recorde.
Conforme a pesquisa, houve crescimento de 1,1% ante o período de janeiro a março deste ano, e de 3,3% quando comparado ao mesmo trimestre do ano anterior. Já a massa de rendimento real habitual (a soma das remunerações de todos os trabalhadores) atingiu R$ 351,2 bilhões, também recorde, subindo 2,9% no trimestre, um acréscimo de R$ 9,9 bilhões, e aumentando 5,9% (mais R$ 19,7 bilhões) no ano.
“O resultado recorde da massa de rendimento é consequência da significava expansão da ocupação no trimestre, acompanhada de crescimento do rendimento médio real dos trabalhadores”, observa Adriana.
Juntamente com esses dados, o IBGE também publicou a reponderação da série histórica da Pnad Contínua Mensal. A reponderação da pesquisa em 2025 considera os totais populacionais das Projeções de Populações, divulgadas em 2024, que incorporam os resultados do último Censo Demográfico, realizado em 2022.
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Veja:
Desenvolvimento e estagnação no Brasil https://lucianosiqueira.blogspot.com/2025/05/desenvolvimento-x-estagnacao-no-brasil.html
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