De fracasso em fracasso, a galinha verde fascista enche o papo
Enio Lins
FLOPOU NOVAMENTE um ato bolsonarista. Desta vez a destra amargou a mais significativa redução de público em suas contumazes manifestações contra democracia. Cerca de 12 mil pessoas teriam se reunido nas imediações das colunas rubras do MASP para ouvir mugidos e tugidos como os do demoníaco Silas, e do réu Jair.
É UNANIME a constatação do encolhimento dos atos de rua, conforme retratado no Valor Econômico: “A manifestação convocada pelo ex-presidente Jair [...] e aliados neste domingo (29), em São Paulo, na avenida Paulista, reuniu 12,4 mil pessoas no horário com maior movimento, às 15h40, segundo estudo feito pelo ‘Monitor do Debate Político’ do Cebrap e a ONG More in Common. O ato foi mais esvaziado do que os anteriores organizados pelos apoiadores do ex-presidente na capital paulista. Em 6 de abril, a manifestação com Bolsonaro na avenida Paulista reuniu 44,9 mil pessoas. Em fevereiro do ano passado, foram 185 mil apoiadores”. Mas isto não significa que o bolsonarismo esteja em óbito – pelo contrário. O bolsonarismo é um mal recidivo.
ANTES DE FESTEJAR a debacle dos ajuntamentos bolsonaristas, cabe às forças democráticas um olhar aos próprios umbigos e, com os pés no chão, recomeçar a caminhar, e cantar, com força, que flores não vencem o canhão, nem vicejam em clima de desmobilização. Ir às ruas é um exercício cidadão que não pode deixar de ser praticado por quem defenda a Democracia. O Estado Democrático de Direito no Brasil está sob ataque desde a derrubada de Dilma Rousseff, e o jogo golpista ganhou fôlego durante o quadriênio perdido (2018/2022), sob o mandato presidencial do falso messias, batendo na trave no dia 8 de janeiro de 2023. Com muita ou pouca adesão, as ruas não podem ser sequestradas pela extrema-direita.
MESMO ESVAZIADO, o ato público realizado pelo crime organizado bolsonarista encheu o ar de ameaças. Silas, o mala, vociferou insultos contra seu próprio grupo: “nós temos uma direita prostituta, vagabunda, que se vende”. Postagem na coluna Maquiavel (revista Veja) informou que “Malafaia disse não querer nomear quem seriam os integrantes dessa ‘direita prostituta’, mas afirmou que se trata de partidos que têm ministérios e cargos no governo Lula e que, ao mesmo tempo, brigam pelo espólio eleitoral de Bolsonaro na esteira da inelegibilidade do ex-presidente. Nos últimos meses, o movimento foi capitaneado, principalmente, por governadores de direita que almejam o Planalto em 2026”. Como se sabe, os partidos de direita aboletados no governo Lula são PP, União Brasil, Republicanos e PSD. Os governadores direitistas de olho nos votos do capitão de mil&iacu te;cias – um moribundo eleitoral querendo pular do caixão - são Tarcísio (São Paulo), Zema (Minas Gerais), Caiado (Goiás) e Rato Jr. (Paraná). Recado dado.
RÉU QUE SE ACORVADOU na audiência no STF, Jair zurrou grosso para seu gado. O capitão de milícias orientou sua manada para a cabala de votos do eleitorado vulnerável para candidaturas terrivelmente bolsonaristas em 2026, com o objetivo de arrebanhar metade mais uma das cadeiras da Câmara Federal e do Senado. De fato, ali ele não mentiu – esta é a tática do crime organizado para as próximas eleições: conquistar uma maioria sólida no Congresso para se apropriar das funções executivas (instrumentalizando o governo federal, independente de quem seja presidente da República) e solapar a Justiça brasileira, garantido impunidade total para as muitas quadrilhas vinculadas à familícia. É verdade esse “bilete”! Assim, repetindo uma velha pergunta às forças democráticas: já pensamos na guerra pelo Congresso em 2026? Ou vamos seguir com o monóculo apontado apenas para a presidência da República? Atenção: os vagabundos saíram na frente e estão mirando os três olhos no alvo certo – e é melhor fazermos algo além de rir dos comícios minguantes desses meliantes.
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Lula e a contraface da crise https://lucianosiqueira.blogspot.com/2025/07/minha-opiniao.html
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