A forma e o conteúdo 
Luciano Siqueira 
instagram.com/lucianosiqueira65
Lá atrás, fazendo autópsia rigorosamente científica da sociedade capitalista, Karl Marx já advertia que se a aparência fosse igual à essência não haveria necessidade da ciência.
Ou seja, frequentemente o que parece ser não é. 
Daí soar ridícula qualquer suposição de que é extrema direita vigente
seja “antissistema”.
Parece, mas não é. 
O capitão Jair Bolsonaro, por exemplo, construiu sua notoriedade se
dizendo radicalmente contra o que está estabelecido. 
"Antissistema", portanto.
E ao governar o país por quatro terríveis anos colocou na condição de
super ministro da economia precisamente um empedernido guardião do sistema, o
reles operador do mercado financeiro Paulo Guedes. 
Demais, porta vozes do bolsonarismo dos mais diversos quilates — entre
pastores neopentecostais e coachs e influencers — seguem brandindo a mais
retrógrada agenda de costumes. 
Apesar de todas as evidências, analistas do complexo midiático dominante
(alguns ostentando seus vínculos acadêmicos) seguem usando a categoria
"antissistema" para qualificar a extrema direita no Brasil. 
O mesmo conto do vigário em que alguns caíram quando do surgimento do
nazi-fascismo, acreditando que Hitler e Mussolini, assim como Franco e Salazar,
representavam contestação da ordem capitalista dominante. 
Pelo visto, teremos que conviver com essa lorota por algum tempo, que
seja de resistência, acúmulo de forças e, adiante, vitórias.
Leia também: Indispensáveis relações com o povo https://lucianosiqueira.blogspot.com/2024/12/minha-opiniao_42.html

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