No Coversa Afiada: A doutora Elizabeth Sato é uma das mais respeitadas policiais de São Paulo. Ela é a delegada titular do 78º Distrito Policial (nos Jardins) e acaba de concluir o segundo inquérito sobre a morte do prefeito de Santo André, Celso Daniel. Segundo inquérito, repita-se.
A noticia saiu hoje numa pagina interna do primeiro caderno do Estadao, sem chamada na primeira pagina (clique aqui para ler).
Tanto quanto no primeiro, no segundo inquérito a Dra. Sato concluiu que a morte de Celso Daniel não foi um “crime político”. Repita-se: não foi um “crime político”.
A Dra. Sato concluiu que os argumentos dos irmãos de Celso Daniel e dos promotores de Santo André não tinham fundamento.
Eles é que exigiram (com a ajuda da imprensa) um segundo inquérito. A Dra. Sato concluiu que o primeiro inquérito estava certo. Logo, o segundo foi perda de tempo e de dinheiro. O primeiro inquérito se concluiu na gestão de Geraldo Alckmin, do PSDB. O segundo se concluiu agora, na gestão de Cláudio Lembo, do PFL.
A cobertura da imprensa sobre a morte de Celso Daniel, porém, sempre teve a dimensão de um “crime político”. A imprensa exumou a reputação de Celso Daniel e pisou nela. A única exceção de que me lembro foi o jornalista Percival de Souza, que, na TV Record, sempre disse ter motivos para acreditar na versão da polícia de São Paulo.
Lembro-me que, a certa altura, procurei o deputado (PT-SP) Luiz Eduardo Greenhalgh para ouvir sua versão. O presidente Lula tinha pedido a Greenhalgh para acompanhar o inquérito, em nome do PT. Greenhalgh me disse que acreditava na versão da polícia. Percival e Greenhalgh eram um grão de areia num mar de lama.
A cobertura do “caso Celso Daniel” é uma “Escola Base”. E se olharmos com a sabedoria do espelho retrovisor, se verá que a “Escola Base” II foi a primeira tentativa de golpe da imprensa contra o Governo Lula. Que acabou por se consumar – com a ajuda do delegado Bruno (por onde andará o delegado Bruno?) – com a convocação do segundo turno.
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