Casa Branca escala
CIA para forjar fake news contra China
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A
afirmação, pela CNN, na quinta-feira, de que os EUA, conforme “várias fontes”,
estariam vasculhando um “tesouro de dados genéticos” do “Laboratório de Wuhan”,
supostamente grampeado na nuvem pelas agências de inteligência norte-americanas,
que aventa ser a “chave para descobrir as origens do coronavírus”, levaram o
Global Times, jornal chinês de língua inglesa, a advertir em editorial que os
EUA “estão obviamente realizando uma grande conspiração para enquadrar a China”
e citou a farsa do “vidrinho de antraz” – era detergente em pó – apresentado na
ONU como ‘prova’ das inexistentes armas de destruição em massa de Sadam, como
exemplo da ‘eficácia’ da CIA.
A
CNN asseverou ainda que as “agências de inteligência” norte-americanas estariam
usando “supercomputadores dos Laboratórios Nacionais do Departamento de
Energia” para decifrar os “dados”, sob o desafio adicional de que as
informações são “escritas em chinês com um vocabulário especializado”.
As
agências de inteligência dos EUA “não são onipotentes em termos de coleta de
informações”, observou o jornal chinês, acrescentando que sua “capacidade
‘lendária’ é mais precisamente sobre como eles fabricam inteligência para
atender às necessidades políticas dos EUA e para manipular a opinião pública”.
Para
o Global Times, é “altamente suspeita” essa “coordenação entre a mídia dos EUA
e as agências de inteligência”, a menos de 20 dias do prazo limite para a CIA
dar seu ‘parecer’ sobre as origens do vírus a Biden, e visa pavimentar o
caminho para dar um ar “factual” ao que não passa de uma mentira grosseira.
Lembrando
da performance do então secretário de Estado Colin Powell na véspera da invasão
do Iraque, o Global Times destacou que “agora, os EUA estão engarrafando outro
frasco de ‘sabão em pó’ para fabricar uma acusação contra a China”.
Mas
a “China não é o Iraque” e não será facilmente intimidada, destacou o jornal,
apontando que o embuste da CIA para tentar submeter a China nunca terá
ressonância na comunidade internacional.
A
publicação também desancou a cínica mudança de posição da mídia dos EUA e
inclusive de certos cientistas, que antes repudiavam a ‘hipótese laboratorial’
como sem base na ciência e coisa de trumpista, sustentavam a hipótese
zoonótica, a transmissão natural de um animal aos seres humanos, e que depois
da eleição de Biden viraram a casaca.
“Que
as agências de inteligência dos EUA estejam cumprindo uma missão com a qual os
principais cientistas da OMS estão enfrentando dificuldades e revelando as
“origens do vírus” com uma história de hacking – isso é um insulto à capacidade
de resolução de problemas da comunidade científica e um insulto para a
compreensão da comunidade internacional”, afirmou o Global Times.
“Não
apenas o Instituto de Virologia de Wuhan provou repetidamente sua inocência,
como a equipe de especialistas da OMS, que visitou o Instituto de Virologia de
Wuhan no início deste ano, disse ser “extremamente improvável” que um vazamento
de laboratório tenha causado os casos de coronavírus em Wuhan”, sublinhou o
jornal.
A
ordem de “90 dias” para o ‘parecer da CIA’ foi dada em 26 de maio, o que indica
que “o jogo político dos EUA de enquadrar a China está prestes a atingir seu
clímax”, alertou o Global Times.
.
Veja: Quem avisa que vai melar o jogo com tanta antecedência bom
sujeito não é https://bit.ly/2TUCwlA
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