Real Madrid e Manchester
City celebraram o futebol com partida emocionante
Final da Champions League terá confronto entre a
fúria do Liverpool e o mistério da equipe espanhola
Tostão, Folha de S. Paulo
No meio da semana, Real Madrid e Manchester City celebraram o futebol, com a vitória emocionante, heroica e, novamente, de virada do time espanhol, como nas partidas contra Chelsea e Paris Saint-Germain e no primeiro jogo contra o Manchester City. No Real Madrid, o surpreendente é o normal.
Qual
será o segredo de tantas e inacreditáveis vitórias? Seria o imenso talento de
vários jogadores? A presença de um técnico, Ancelotti, seguro, pragmático e
competente? Ou seria a força mental de um clube acostumado a vencer, história
que passa a ser incorporada pelos jovens, como Vinicius Junior e Rodrygo, autor
de dois gols? Ou seria o acaso, que não tem limites nem explicações? Deve ser
tudo isso.
Evidentemente,
não foram as substituições feitas por Guardiola que definiram a partida, mas eu e
muitos estranhamos a saída no segundo tempo de De Bruyne, que não brilhava, mas
jogava bem. Não querendo ser, mas sendo um psicanalista de botequim, embora
tenha completado meu curso para exercer a profissão, imagino, desconfio, que
Guardiola, mais uma vez, tenha querido mostrar que o Manchester City é uma
equipe coletiva, que não depende de apenas um craque.
A
celebração do futebol e da vida começou no dia anterior, com a virada
espetacular do Liverpool sobre o Villarreal, por 3 a 2. Liverpool e Real Madrid
farão a final, no dia 28, em Paris. Além do talento das duas equipes, será o
confronto entre a fúria do Liverpool e o mistério, o caos, do Real Madrid.
A
celebração do futebol não para. Enquanto o Flamengo,
novamente com problemas defensivos, empatava por 2 a 2 com o Talleres, na
Argentina, Jorge Jesus, no Rio, assistia à partida e declarava, sem nenhuma
ética com o compatriota Paulo Sousa, atual treinador, que quer voltar ao
Flamengo e ainda dava prazo até o dia 20 de maio.
Se
o Flamengo perder para o Botafogo, não será surpresa o retorno do técnico. Pode
dar certo ou fracassar, o que seria a chance de, definitivamente, exorcizar o
fantasma do treinador, que amedrontou todos os outros contratados após a saída.
Pode ocorrer o contrário, uma onda de solidariedade a Paulo Sousa, que
fortaleceria o atual treinador.
A
maravilhosa festa da torcida do Fortaleza, com protestos contra o racismo, no
empate por 1 a 1 com o River Plate, com uma ótima atuação do time cearense, foi
mais uma celebração do futebol e da solidariedade humana.
Domingo
é dia também de festa no estádio Independência, com quase todos os ingressos
vendidos para o clássico da Série B, entre Cruzeiro e Grêmio. Será uma boa
oportunidade para avaliar melhor a qualidade das duas equipes.
O
futebol celebra a diversidade, a de que não há uma única maneira de vencer nem
de jogar bem. Neste domingo, teremos um futebol de muita estratégia, disciplina
tática e posicionamentos bem definidos do Palmeiras, dirigido por Abel
Ferreira, um técnico vitorioso, contra o jogo de aproximação, de troca curta de
passes, sem posições tão fixas e de mais improvisação do Fluminense, comandado
pelo ainda incerto Fernando Diniz.
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