Quem brinca com uma só China acaba se queimando
Yan Yuqing, Cônsul-Geral da China no Recife
Recentemente, a
despeito da oposição forte e das representações severas da China, a presidente
da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, visitou a região
Taiwan da China. É uma violação severa do princípio de Uma Só China e das
estipulações dos três comunicados conjuntos China-EUA. Tem impacto severo na
base política das relações China-EUA, infringe severamente a soberania e a
integridade territorial da China, prejudica severamente a paz e a estabilidade
no Estreito de Taiwan, e emite um sinal severamente errado às forças
secessionistas da "independência de Taiwan". A China opõe-se
firmemente e condena veementemente isso.
O princípio de Uma Só China é um consenso geral da
comunidade internacional e uma norma básica de relações internacionais. Existe no
mundo apenas uma China, e Taiwan é uma parte inalienável do território da
China. O Governo da República Popular da China é o único governo legítimo que
representa toda a China. É claramente reconhecida pela Resolução 2758 da
Assembleia Geral das Nações Unidas em 1971. O princípio de Uma Só China é o
núcleo essencial dos três comunicados conjuntos China-EUA e a premissa e
fundação para o estabelecimento e desenvolvimento das relações diplomáticas
entre a China e os EUA. Em 1979, os Estados Unidos fizeram um claro compromisso
no Comunicado Conjunto sobre o Estabelecimento das Relações Diplomáticas
China-EUA de que, "os Estados Unidos da América reconhecem que o Governo
da República Popular da China é o único governo legítimo da China. Neste
contexto, o povo dos EUA manterá as relações culturais, comerciais e outras
relações não oficiais com o povo de Taiwan".
Os EUA não honram suas
palavras e tem desafiado a linha vermelha da China. A questão de Taiwan é a
questão central mais importante e sensível nas relações entre a China e os EUA.
O Estreito de Taiwan está enfrentando uma nova rodada de tensões e desafios
severos, e a razão fundamental reside na alteração repetida do status quo pelas
autoridades de Taiwan e pelos EUA. A presidente Nancy Pelosi é a líder incumbente
do Congresso dos EUA, e a sua visita e atividades em Taiwan, de qualquer forma e de
qualquer razão, é uma grave provocação política para escalar os intercâmbios
oficiais dos EUA com Taiwan. A China não aceita isso de forma alguma e o povo
chinês rejeita absolutamente isso. As autoridades de Taiwan procuram a
independência, contando com o apoio dos EUA, recusam a reconhecer o Consenso de
1992, praticam a desinicização e promovem "a independência gradual".
Os Estados Unidos mantêm a intenção de usar Taiwan para conter a China,
distorcem, obscurecem e esvaziam o princípio de Uma Só China, intensificam os
intercâmbios oficiais com Taiwan e respaldam as atividades secessionistas da
"independência de Taiwan". Trata-se de uma prática de política de
poder e hegemonismo.
A vontade
do governo e do povo chinês de salvaguardar a soberania nacional e a
integridade territorial é bastante sólida e a posição em relação à
questão de Taiwan é consistente. A defesa da soberania nacional e integridade
territorial é a vontade firme de mais de 1,4 bilhão de chineses. A
realização da reunificação completa é a aspiração comum e a responsabilidade
nobre de todos os filhos da nação chinesa. A vontade do povo não pode ser
desafiada, a tendência dos tempos não pode ser revertida. Nenhum país, força ou
indivíduo deve estimar de maneira errada a determinação firme, vontade forte e a grande capacidade
do governo e do povo chinês em defender a soberania nacional e a integridade
territorial, e em realizar a reunificação e
a revitalização da nação chinesa. A China já tomou e continua tomar todas as medidas necessárias e
defenderá resolutamente a soberania nacional e a integridade territorial para
responder à visita da presidente Nancy Pelosi. Todas as consequências
decorrentes devem ser responsáveis pelos
Estados Unidos e pelas forças secessionistas da
"independência de Taiwan".
Os líderes dos governos e partidos em todo o mundo expressaram suas
vozes de justiça e se opuseram firmemente à visita da presidente Nancy Pelosi a
Taiwan, China. A
presidente nacional do Partido Comunista do Brasil, Luciana Santos, afirmou que
“A visita
da Nancy Pelosi a Taiwan representa uma flagrante violação dos compromissos nos
três comunicados conjuntos dos dois países. Taiwan é parte inalienável desde tempos
imemoriais.” e se opôs resolutamente às ameaças dos EUA à paz mundial. A China é um parceiro
estratégico abrangente do Brasil, valoriza a amizade
sino-brasileira e atribui grande importância ao desenvolvimento das relações
bilaterais. O Brasil tem aderido ao princípio de Uma Só China, da qual posição
a China aprecia e está disposta a salvaguardar a paz mundial, a estabilidade
regional e o desenvolvimento global com o Brasil de mãos dadas.
Veja:
Amizade Brasil-China faz bem https://bit.ly/3u4eZOu
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