O vício do jair mentindo
Pedro Malasartes, sinônimo de mentiroso e golpista durante séculos, tinha
suas vigarices contadas com muita frequência até alguns anos atrás. Segundo a
Wikipédia, citando Câmara Cascudo, esse bufão folclórico é presença constante
nas fábulas portuguesas e espanholas como um ser astucioso, cínico, sem
escrúpulos e sem remorsos, e a referência mais antiga dessa figura dataria do
século XIII, no Cancioneiro da Vaticana.
Jair Malasartes deveria ser o nome do ex-capitão, que é, na verdade, um
marechal da mentira, do cinismo e da covardia. O mito é capaz de afirmar,
falando grosso, que nunca insultou nenhum Ministro do STF, quando circulam
pelas vias digitais vídeos autênticos do dito cujo, colhidos em público, como
os da Avenida Paulista, no dia 7 de setembro de 2021, onde sapeca um sonoro
“canalha” referindo-se ao Ministro Alexandre Moraes; e em Joinville, dia 6 de
agosto de 2021, insultando o Ministro Barroso com um “filho da puta”.
Jair Malasartes não enrubesce quando nega que tenha imitado uma pessoa
com falta de ar por conta do Covid, quando em lives filmadas por sua própria
equipe e distribuídas por eles próprios, nos dias 18 de março e 6 de maio de
2021, simulou estar se asfixiando e desdenhou das vítimas do Coronavírus. Antes
disso, no final de 2020, no cercadinho do Palácio do Alvorada, foi gravado em
uma fala homofóbica gracejando sobre quem temia o vírus, repetindo a frase “tô
com covid, tô com covid” macaqueando trejeitos afetados. Tudo isso, e mais,
está disponível na Internet, mas o mala candidamente diz que não existe.
Jair Malasartes diz defender a liberdade e a Democracia quando circulam
dezenas de vídeos distribuídos por ele mesmo e seus asseclas com declarações
diretas e sem rodeios com frases como “o erro da ditadura foi torturar e não
matar” (dita em 2016, quando entrevistado pela Jovem Pan), e “eu defendo a
tortura”. Em 1999, no programa “Cidade Aberta”, pela Band/Rio, vomitou essa
pérola da cidadania: “O Brasil só vai melhorar quando nós partirmos para uma
guerra civil aqui dentro, fazendo o trabalho que o regime militar não fez,
matando uns 30 mil, começando com o FHC. Não deixar pra fora, não, matando. Se
vai [sic] morrer alguns inocentes, tudo bem, tudo quanto é guerra morre
inocente” – na época Fernando Henrique Cardoso era o presidente da República.
Jair Malasartes mente para alimentar sua bolha, mente por vício,
desmente-se por covardia de assumir o que diz. Mente para viver, vive para
mentir. Sem escrúpulos e sem remorsos.
[Ilustração: Aroeira]
Veja:
A mentira o desgasta e
enfraquece; mas o mantém conectado à sua base https://t.co/Dp8f13AzZ4
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