23 outubro 2022

Minha opinião

Qual o foco da campanha na reta final?

Luciano Siqueira

 

Serão 116 inserções na TV a que Lula tem direito, por decisão unânime do TSE, em razão da propaganda mentirosa e ofensiva promovida pela campanha do atual presidente da República.

Um subproduto de uma verdadeira guerra televisiva, radiofônica e digital cujo centro está na chamada agenda de costumes.

Com toda a desgraça que é o rebaixamento do debate e o uso incalculável de fake news por parte da campanha bolsonarista, menos mal seria se o conteúdo girasse em torno dos gravíssimos problemas econômicos e suas consequências sociais que marcam a crise brasileira.

Como sempre se disse, e a experiência comprova, nenhum governante se reelege se a economia vai mal.

Daí a bateria do chamado gabinete do ódio ter se concentrado em calúnias acerca de questões religiosas e de comportamento, precisamente para atrair a campanha de Lula para esse terreno movediço, evitando a discussão do principal, onde o atual presidente escorregaria frágil e inapelavelmente.

Obviamente, não participo do comando da campanha da coligação Brasil da Esperança, alargada à condição de frente amplíssima, que respalda a candidatura do ex-presidente Lula.

Se lá estivesse, defenderia o bom uso dessas 116 inserções. Ou seja, traria à luz o desastre econômico e social provocado pelos quase quatro anos de governo bolsonarista, em contraste não apenas com os 8 anos em que Lula governou, mas sobretudo com as propostas que agora sustenta para superar a crise do país e atender as necessidades fundamentais do nosso povo.

Leia também: A frente ampla diante da nação dividida https://bit.ly/3EWSIbq

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