13 março 2024

Cláudio Carraly opina

Escrevendo um texto de autoajuda (alguém por favor me ajude!)

Cláudio Carraly*


Ah, a felicidade! Esse conceito tão subjetivo que todos dizem conhecer, mas ninguém parece alcançar completamente. Nosso mundo moderno insiste em nos empurrar para uma busca incessante por uma versão padronizada da felicidade, como se fosse uma roupa de tamanho único que deveríamos vestir, independentemente de nos servir ou não, neste guia, vamos explorar a absurda jornada de perseguir a felicidade convencional e, quem sabe, rir um pouco do ridículo que é tentar seguir o manual do sucesso. Inicialmente, vamos desvendar o mistério por trás dessa busca insana por ser feliz, essa é a completude vendida em comerciais de margarina, onde tudo é ensolarado e perfeito, e as pessoas sorriem como se estivessem sob o efeito de algum psicotrópico, é como se alguém tivesse decidido que a felicidade só pode ser encontrada em um emprego glamoroso, um relacionamento perfeito, um corpo esculpido e uma conta bancária recheada, mas e se, por acaso, você e sua vida não se encaixarem nesse molde? Bem, prepare-se para uma vida de desgraças, porque, aparentemente, você está fazendo tudo isso errado...

O problema com essa visão de felicidade é que ela é tão real quanto instruções de coaches quânticos, estamos todos perseguindo uma miragem no deserto, esperando encontrar um oásis de contentamento em um mundo desértico, a verdade é que a felicidade não pode ser embalada e vendida como um produto de prateleira, sendo algo muito mais sutil e intrínseco, algo que não pode ser alcançado seguindo um conjunto de regras pré-definidas, mas não se preocupe, porque estamos aqui para desvendar o segredo dela, e adivinha só? É muito mais fácil do que você imagina! Tudo que você precisa fazer é jogar fora qualquer manual do sucesso, ignorar as expectativas da sociedade e abraçar o absurdo que é ser você mesmo neste mundo louco. Ah, e uma boa dose de humor e autodepreciação também ajudam.

Na realidade, a sociedade é como um grande circo, e todos nós somos artistas malabaristas tentando equilibrar pratos, enquanto mal conseguimos manter nossas próprias vidas funcionais, somos constantemente bombardeados com expectativas e normas que nos dizem como devemos viver, quem devemos amar, e que devemos ganhar a aprovação dos outros, mas sabe de uma coisa? Isso é um completo absurdo! Por que se contentar em seguir o rebanho quando você pode ser o lobo solitário que uiva para a lua? Por que se encaixar em uma caixa apertada quando você pode dançar livremente sob as estrelas? É hora de abraçar sua estranheza, a vida é muito curta para se preocupar em se encaixar, nade contra a corrente, seja o que quiser ser, e como quiser ser, a normalidade é superestimada, é como tentar comer sopa com um garfo, você pode até conseguir um pouco, mas no final, só vai acabar com fome e com uma provável bagunça para limpar.

Então, da próxima vez que alguém tentar te dizer como viver sua vida, dê um sorriso de lado, pisque um olho e siga em frente como se eles fossem apenas um personagem de uma comédia bufa, afinal, é exatamente isso que eles são: figurantes em uma peça que você está dirigindo, e no final é o diretor que decide o caminho a seguir. Ah, as normas sociais, esses códigos de conduta socialmente aceitos que nos dizem como devemos nos comportar, o que devemos vestir, com quem devemos nos associar e até mesmo como devemos cortar nossos cabelos, é como se a humanidade tivesse um manual de instruções embutido em nossas almas, e todos estivéssemos tentando seguir as regras sem realmente entender por que e para quê? Mas e se eu te dissesse que você não precisa seguir essas regras? Que não há nada de mau em ser o estranho, o excêntrico, o desajustado em um mundo de clones sociais? Porque, sério, quem quer ser apenas mais um seguindo a multidão quando você pode ser parte da revolução não conformista? Porque, vamos combinar, quem precisa de normas quando sabemos que não existe nada que se possa controlar, apenas a sensação do controle.

Assim, se alguém tentar te encaixar em uma caixinha apertada ou etiquetar você, solte uma enorme gargalhada e diga que prefere ser um abacaxi em uma festa de maçãs, e siga em frente, afinal, a vida é muito curta para ser desperdiçada tentando agradar aos outros ou pior, as convenções. Porque é isso que as normas sociais são, uma série de regras não escritas que nos dizem como devemos viver nossas vidas, como devemos nos comportar, como devemos nos relacionar. Mas quem disse que precisamos seguir essas regras? Quem disse que precisamos nos conformar com o status quo? Principalmente quando está evidente que não está dando certo, as pessoas, estão mais infelizes que nunca, qual o motivo de continuar repetindo a mesma fórmula que sabemos o resultado, e ele é péssimo.

Celebre suas peculiaridades, ser diferente não é apenas uma escolha, é uma declaração de independência, e a verdadeira liberdade está em ser quem você é, sem desculpas, sem remorsos, sem concessões. Ah, a autenticidade, essa qualidade tão rara em um mundo de aparências e máscaras sociais, ser autêntico é como se despir diante de um espelho e olhar para sua própria alma, se libertar das expectativas dos outros e abraçar quem você realmente é, com todas as suas imperfeições. Então, não tenha medo de ser diferente, de se destacar da multidão, de ser o ponto de exclamação em um mar de pontos finais, no final das contas, a autenticidade é o que torna a vida verdadeiramente bela, verdadeiramente significativa, o que importa ao final é o que nos conecta aos outros, lembrando de que não estamos sozinhos nesta jornada louca chamada vida.

O significado da vida, essa questão eterna que tem atormentado filósofos, poetas e pensadores ao longo dos séculos, por que estamos aqui? E, mais importante ainda, como podemos encontrar propósito em um mundo que muitas vezes parece tão caótico e sem sentido? A verdade é que encontrar motivos existenciais concretamente é como procurar uma agulha em um palheiro, é uma jornada cheia de altos e baixos, reviravoltas inesperadas e com apenas uma conclusão, que não há nenhuma conclusão, plano ou destino, apenas você e sua possibilidade de se aceitar como é e ser de verdade um pouco mais feliz ou se render as convenções e fingir estar sendo. Mas, apesar de todas as dificuldades, é uma jornada que vale a pena ser feita, porque é nessa busca onde procuramos nossa realização, mesmo que nunca a alcancemos, mas o prazer da caminhada não está no caminhar? Então, por onde começar? Como podemos encontrar significado em um mundo tão vasto e complexo? Bem, a resposta pode não ser tão simples quanto gostaríamos que fosse, mas uma coisa se pode afirmar encontrar significado na existência passa pelo autoconhecimento.

Conhecer a si, entender suas paixões, seus valores, seus sonhos mais profundos e loucos, como podemos esperar encontrar significado na vida se nem sequer sabemos quem somos ou o que desejamos? Então, reserve um tempo para se conectar consigo mesmo, faça uma pausa na correria do dia a dia, desligue-se do barulho do mundo exterior e mergulhe profundamente em seu próprio ser, pergunte o que realmente importa para você, o que realmente te faz sentir vivo, o que realmente te faz feliz, e uma vez que você tenha uma compreensão mais profunda de si, comece a procurar maneiras de expressar esse significado ao mundo ao seu redor, talvez isso signifique dedicar-se a uma causa que você realmente acredita, ajudar aqueles que estão em necessidade, ou simplesmente compartilhar seus pensamentos em um texto que poucos lerão, mas com sorte esses poucos, podem se sentir tocados de alguma forma e isso já vai ter feito valer a pena.

Afinal, o significado da vida não é algo que podemos encontrar lá fora, em alguma terra distante ou em algum códice mágico, é algo que vem de dentro, algo que surge quando nos conectamos com nossa verdadeira essência e vivemos de acordo com nossos valores mais profundos e as pessoas percebem essa verdade, então, vá em frente, mergulhe fundo em sua própria alma e descubra o que realmente faz seu coração bater desritmado, é aí que você encontrará seu significado da vida, em sua própria jornada única e pessoal em direção à realização e satisfação, e lembre-se, mesmo nos momentos mais sombrios e desafiadores, nunca perca de vista que sua vida é importante, mas que as das outras pessoas também é, e a felicidade sempre será maior quanto mais pessoas forem felizes consigo. Você é único, especial e incrivelmente valioso, mas todos são também, destoar do coro dos contentes não é uma ode ao individualismo, mas uma celebração da verdade presente dentro de cada um de nós, sim, o mundo seria um lugar muito mais pobre sem você nele, mas você como é de verdade, não como as convenções sociais exigem, então, abrace sua jornada, abrace sua singularidade e lembre-se sempre de que você é mais do que suficiente, assim exatamente desse jeitinho, e nunca esqueçamos que, Deus ama as DifĖRëÇ@S!

*Advogado, ex-secretário executivo de Direitos Humanos de Pernambuco
Leia também: A inteligência artificial e as atividades intelectuais rotineiras redundantes https://tinyurl.com/24mamdmb

3 comentários:

Félix Gerardo de Vasconcelos Motta disse...

"Dois elementos devem ser erradicados de uma vez por todas: o medo do sofrimento futuro e a lembrança do sofrimento passado; já que este último não me preocupa mais, e o primeiro não me preocupa ainda."
Sêneca

Anônimo disse...

Parabéns, amigo Carraly! Muito bom texto! Abração 🤗

Cláudio Carraly disse...

Perfeito seu comentário meu querido Félix. Precisamos viver o presente e nem sempre conseguimos