Saia justa sionista
É evidente que a aliança entre EUA e Israel se manterá qualquer que seja o presidente dos Estados Unidos, republicano ou democrata.
Trata-se de uma questão de geopolítica: Israel é cabeça de ponte para as intenções hegemonistas norte-americanas no Oriente Médio e adjacências.
Faz parte do DNA imperialista.
Entretanto, às vésperas do início da campanha eleitoral norte-americana, em ambiente de acirrado conflito, oportunista é a iniciativa do presidente da Câmara dos Deputados, Mike Johnson (republicano), ao convidar Benjamin Nathanyahu para discursar em reunião conjunta da Câmara e do Senado, que pelas normas vigentes deveria ser presidida pela vice-presidente Kamala Harris (democrata), provável candidata do seu partido à presidência da República.
Sabe-se que parcela considerável do eleitorado democrata tende a não comparecer às urnas por insatisfação pela conduta de Joe Biden em relação ao conflito Israel x Palestina.
Kamala Harris já antecipou que não comparecerá à seção do congresso, alegando compromisso de campanha.
Trocando em miúdos, a direita norte-americana deseja confirmar de modo explícito e inquestionável a postura cúmplice do governo dos EUA com o genocídio praticado por Israel na faixa de Gaza.
A presença de Benjamin Netanyahu hoje em solo norte-americano espalha sangue por onde passa.
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