Janelas de oportunidade
Luciano
Siqueira
No jogo pesado das relações internacionais, a política externa do Brasil há de ser sempre soberana, proativa e propositiva.
E muito sagaz para explorar contradições entre os diversos atores e
conquistar espaço.
Na guerra comercial por exemplo.
Nesse sentido, correta é a opinião do presidente do BNDES, Aloízio
Mercadante, manifestada no seminário Política Industrial para o Brasil.
Ele considera que provável retomada da guerra comercial empreendida por
Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, pode ensejar novas
oportunidades para o Brasil em exportações, atração de investimentos e
fortalecimento de setores estratégicos como o de biocombustíveis.
Em várias outras conjunturas o Brasil se beneficiou de contradições
entre potências. Como no período da segunda guerra mundial, no governo Getúlio
Vargas, implantando indústrias estratégicas com o objetivo de reduzir a
dependência de importações, especialmente de países envolvidos no conflito, e
fortalecer a economia nacional.
Assim, foram implantadas a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN);
as indústrias química, aeronáutica, de cimento, de armamentos, de máquinas e
equipamentos.
Demais, apesar da prolongada a crise do sistema capitalista desde 2006,
existe considerável liquidez internacional e, por conseguinte, a possibilidade
de novos importantes investimentos estrangeiros.
Os acordos celebrados recentemente com a República Popular da China
sinalizam nessa direção.
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