Centrais sindicais onde devem estar
Luciano
Siqueira
instagram.com/lucianosiqueira65
A manifestação de ontem na Avenida Paulista, em São Paulo, onde as
centrais sindicais e movimentos sociais protestaram contra a alta de juros tem
um duplo sentido positivo.
Primeiro, o conteúdo das bandeiras agitadas. Impossível a retomada plena
do desenvolvimento econômico e uma melhora consistente e duradoura das
condições de vida da maioria da população enquanto perdurarem as altas taxas de
juros estabelecidas pelo Banco Central.
Segundo, o gesto traduz a independência do movimento sindical em relação
ao governo.
Óbvio que num plano político mais amplo, em que se digladiam o governo
Lula versus a classe dominante personificada, sobretudo, no capital financeiro
e no grande agronegócio exportador, os sindicatos têm um lado: apoiam o
governo.
Entretanto, isso não os exime de combater políticas públicas que
considerem equivocadas, praticadas por esse mesmo governo.
No caso específico, o combate à política de juros do Banco Central não é
propriamente uma crítica ao governo, tem como o alvo, obviamente, o seu presidente,
Gabriel Galípolo, e diretores, em sua maioria nomeados pelo atual presidente da
República.
Unidade e independência em convivência dialética é elemento essencial no
processo político em curso.
Ponto para as centrais sindicais.
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Leia: O PIB, o mercado e o povo https://lucianosiqueira.blogspot.com/2025/03/minha-opiniao_4.html
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