Falácia de segunda categoria
Luciano
Siqueira
instagram.com/lucianosiqueira65
Um dos destaques hoje no complexo midiático dominante é a afirmação de
líderes do chamado Centrão — articulação de centro e centro-direita majoritária
no parlamento nacional — de que a aventada reforma no ministério do governo
Lula, que consideram atrasada, agora já não teria peso no que diz respeito à
aprovação de matérias importantes, nem nas articulações tendo em vista as
eleições presidenciais vindouras.
Há uma meia verdade nisso. Ou mesmo falácia de segunda categoria.
Na prática, desde que a partir do governo Bolsonaro senadores e
deputados federais passaram a controlar, de modo discricionário, parcela
expressiva do Orçamento — em 2024, cerca de 27% dos recursos destinados a
investimentos, correspondente a aproximadamente R$ 44,6 bilhões —, ocupar ou
não cadeiras no ministério passou a ser algo secundário.
Assim mesmo, próceres das legendas apenas formalmente alinhadas ao
governo desejavam interferir na estrutura ministerial. Mais para complicar do
que para melhorar o desempenho administrativo.
Nesse contexto, não será cedendo mais espaço ao centro-direita que o
governo terá vida menos difícil no parlamento.
O fator, este sim!, ainda ausente na cena política e que poderia alterar
a correlação de forças é precisamente a pressão popular articulada por
sindicatos e entidades representativas dos demais setores da base social do
governo.
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Leia: Governo Lula já beneficiou 120 mil microempreendedores https://lucianosiqueira.blogspot.com/2025/02/governo-lula-microempreendedores.html
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