Tem muito jogo a ser jogado
Luciano Siqueira, no Blog de Jamildo/portal ne10
Verdade que em todas as pesquisas o percentual de eleitores tendente a votar nulo ou branco ou se ausentar das eleições é ainda altíssimo, reflexo do desencanto e da desesperança.
Luciano Siqueira, no Blog de Jamildo/portal ne10
Verdade que em todas as pesquisas o percentual de eleitores tendente a votar nulo ou branco ou se ausentar das eleições é ainda altíssimo, reflexo do desencanto e da desesperança.
Também é verdade que a campanha
agora é muito curta e a variável tempo ganhou dimensão sem precedentes.
Para Geraldo Alckmin, candidato
tucano à presidência, o tempo o faz perder o sono porque terá que subtrair
diariamente preciosos pontos nas intenções de voto em concorrentes do seu
campo, sobretudo de Jair Bolsonaro e Marina Silva.
Daí a importância do tempo de
exposição na TV e no rádio, que conquistou via alianças com partidos do chamado
centrão.
Principalmente os spots a serem
inseridos na programação normal da TV.
Mas há outros fatores igualmente
importantes, alguns até que podem ser decisivos, tanto para despertarem o
interesse da imensa parcela do eleitorado ainda equidistante, como para mudar o
desenho das intenções de voto.
A análise dos dados de pesquisas
há que considerar isso. Tanto em relação à disputa nacional como nos estados.
Em todas as pesquisas, por
exemplo, o fator Lula continua preponderante. O ex-presidente lidera em todos
os cenários quando incluído entre os concorrentes e enseja a disputa pelo seu
espólio, quando substituído pelo companheiro de partido Haddad.
Na disputa nacional, que candidato
situado à esquerda se credenciará a um provável segundo turno — Ciro Gomes ou
Fernando Haddad (a se confirmar o impedimento de Lula)?
Depende.
Ciro, em empreitada solo (o PDT
não conquistou alianças), terá que rapidamente subtrair eleitores tanto de
Marina (que provavelmente se desidratará bastante no curso da campanha), como
de Haddad, do qual terá que se diferenciar sem queimar pontes para uma
composição em seguida.
Semelhante situação é encarada
pelos candidatos do centro-direita, Alckmin e Marina. Precisam ultrapassar o
ex-capitão da extrema direita.
Também há uma variável que segue
se alimentando que nem fogo de monturo: as consequências objetivas da agenda do
governo Temer e a insatisfação popular que gera.
Muitos são os candidatos que fogem
como o Diabo foge da cruz de qualquer identificação com o governo, e não
conseguem.
Caso de Alckmin e Meirelles, em
plano nacional.
Nos estados, inúmeros — a exemplo
dos dois senadores da chapa de oposição em Pernambuco, encabeçada pelo
candidato a governador Armando Monteiro, ex-ministros de Temer, Mendonça Filho
e Bruno Araujo.
Em suma, no campo real da batalha,
sensibilizar o eleitorado e ganhar posições se diferenciando de adversários e
concorrentes é ingente desafio.
Ponto para a tática política e a
capacidade de mobilização da sociedade, para muito além de artifícios
midiáticos e da pirotecnia.
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