03 maio 2020

Complexa trincheira de luta


Comunicação Digital: a batalha dos nossos tempos
Matheus Lins

O ano de 2020 já está marcado como o ano da maior crise sanitária global da nossa época. Crise que obriga uma parcela imensa da população mundial a mudar seus hábitos, praticando o isolamento social numa escala sem precedentes. Nesse cenário, as formas tradicionais de se fazer política precisam ser adaptadas, e com agilidade, já que estamos num ano de disputa eleitoral importantíssima para barrar o avanço das ideias extremistas e neofascistas que a cada dia conquistam mais adeptos. A questão que surge é: como manter mobilizada nossa base social e dialogar com amplos setores que estão fora da nossa bolha? A resposta é simples: investindo em comunicação digital.

Parte significativa do eleitorado decide seus votos a partir de informações recebidas nas redes sociais. Segundo pesquisa do DataSenado (dezembro/2019), 45% dos entrevistados declararam usar as redes sociais para escolha do voto. Entre pessoas dos 18 aos 29 anos esse número chega a 51%. Isso evidencia a guerra da comunicação digital, que começou há alguns anos e ainda estamos à margem dela. Big Data, disparos em massa, fake news, são as principais armas da extrema direita e eles estão vencendo sucessivas batalhas sem encontrar muita resistência.

Precisamos nos organizar à altura, sendo fundamental compreendermos a comunicação digital como algo essencial e investirmos na profissionalização. Comunicação é coisa séria e já passou da hora de sairmos do amadorismo e da improvisação para encararmos essa batalha com a devida importância.

Hoje os principais influencers da política nacional são conservadores, eles dominam o YouTube, Instagram e Facebook, disseminando suas ideias através de mega estruturas de disparos em massa. Daí a necessidade de estruturarmos equipes com profissionais especializados de comunicação, não apenas para combater fake news, mas produzir conteúdos com linguagens acessíveis e de interesse do público. A partir disso, precisamos montar nossa guerrilha virtual, com a missão de arregimentar novos disseminadores e estruturar listas de transmissão no WhatsApp, principal meio de compartilhamento de conteúdos em tempo real e orgânico.

Derrotar as grandes máquinas de guerra não é uma missão fácil. Mas ao longo da história o povo sempre conseguiu fazer frente às imposições da classe dominante, com resistência e combatividade. Vamos enfrentar mais esse desafio e ocupar as redes sociais para derrotar o pior vírus da humanidade: o Capitalismo.

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