Vacina desenvolvida pela China mostra resultados promissores
Substância com vírus atenuado aciona sistema imunológico. EUA e Reino Unido também correm contra o tempo.
Portal Vermelho www.vermelho.org.br
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China publicou
hoje, na revista médico-científica The Lancet,
que uma vacina ainda em fase de testes mostrou-se eficaz em ajudar a resposta
do sistema imunológico ao novo coronavírus.
Segundo a publicação, a vacina
é segura para o uso humano e foi testada em 108 voluntários. A resposta
imunológica criada pelo medicamento, no entanto, ainda não pode ser avaliada.
Os resultados finais dos testes clínicos serão divulgados em seis meses. A
vacina será a primeira no mundo a atingir a fase 1 de testes clínicos – um
processo dividido em quatro etapas que assegura a eficácia e segurança de novos
medicamentos e vacinas.
A vacina é feita a partir de
uma versão atenuada do vírus SARS-CoV-2, e é aplicada de forma intramuscular.
“Esses resultados representam um marco importante. Os testes mostram que uma
única dose produz anticorpos específicos em 14 dias, o que a torna uma
candidata para investigações futuras”, afirmou o professor Wei Chen, do
instituto de Biotecnologia de Pequim, responsável pelo estudo.
“Os desafios propostos pela covid-19 não têm precedentes, e a
habilidade de acionar o sistema imunológico não significa, necessariamente, que
estaremos protegidos da covid-19. Ainda estamos longe de ter essa solução
disponível para todos”, afirmou Chen, no artigo publicado.
EUA
Os Estados Unidos planejam um
megaesforço envolvendo mais de 100 mil voluntários e cerca de meia dúzia das
mais promissoras candidatas a vacina contra o coronavírus para cumprir a meta
de entregar uma imunização segura e efetiva para a doença até o final deste
ano.
O projeto vai reduzir o tempo de desenvolvimento de uma vacina,
que geralmente é de 10 anos, e testá-la em questão de meses, numa demonstração
da urgência para conter a pandemia.
Para fazer isso, os principais
fabricantes de vacina concordaram em compartilhar dados e emprestar a
utilização de sua rede de testes clínicos a concorrentes caso sua própria
candidata a vacina fracasse, disseram os cientistas.
Entre 100 mil e 150 mil pessoas
podem estar envolvidas nos estudos. O esforço para a vacina é parte de uma
parceria público-privada chamada “Accelerating COVID-19 Therapeutic
Interventions and Vaccines (ACTIV)” –Acelerando as intervenções terapéuticas e
as vacinas para Covid-19– anunciada no mês passado.
Reino Unido
A Universidade de Oxford e a
AstraZeneca planejam recrutar cerca de 10 mil adultos e crianças do Reino Unido
para testes de uma vacina experimental contra o novo coronavírus, que recebeu
um aporte de mais de US$ 1,2 bilhão dos Estados Unidos (EUA) nessa quinta-feira
(21).
Hoje, a universidade informou
que instituições parceiras de todo o Reino Unido começaram a recrutar até
10.260 adultos e crianças para ver como o sistema imunológico humano reage à
vacina e qual a segurança dela.
Um teste inicial, que começou em 23 de abril, já aplicou a injeção
em mais de mil voluntários, com idade variando entre 18 e 55 anos. A Oxford
disse que as fases dois e três acrescentarão pessoas de 56 anos e mais velhas,
além de crianças de 5 a 12 anos.
A empresa já firmou parceria
com o Reino Unido e os EUA para produzir a vacina em escala industrial,
antecipando-se à confirmação de que ela funciona e é segura. (Com informações da Agência Brasil)
Fique
sabendo https://bit.ly/2Yt4W6l
Leia mais https://bit.ly/2Jl5xwF
Nenhum comentário:
Postar um comentário