Mulheres regentes de sinfônicas
Luciano Siqueira
Não pude ver detalhes porque estava
concentrado no almoço em família, por videoconferência, neste domingo de
isolamento social por conta da pandemia coronavírus. O televisor ligado no
canal Arte me permitiu ver de relance o desempenho de uma regente relativamente
jovem de uma orquestra sinfônica, não sei se alemã ou norte-americana.
Gosto da música erudita tanto quanto
das inúmeras variantes populares, embora seja incapaz sequer de solfejar, nem
guardo inteiramente — no caso das canções populares — a letra.
Comentei com Luci minha surpresa:
jamais vira uma mulher regendo uma sinfônica!
Ignorância minha?
A curiosidade me levou a uma rápida
pesquisa no Google e encontrei uma reportagem do jornal o Globo, de maio do ano
passado, precisamente sobre “a surpreendente contratação de duas regentes” para
a Sinfônica de Filadélfia, nos EUA.
Uma notícia rara na música na música
erudita, diz a reportagem, a contratação da alemã Erina Yashima e da
colombiana Lina Gonzalez-Granados.
Menciona um debate sobre as razões da
quase inexistência de mulheres regentes.
Registra – para a minha surpresa e satisfação
- que a brasileira Priscila Bonfim ocupa o cargo de regente assistente da
Orquestra do Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
E assim pude agregar ao meu discurso
feminista mais esse exemplo expressivo da desigualdade de gênero.
E manter a expectativa de rever a cena
de hoje na TV e identificar precisamente aquela regente jovem, os cabelos loiros
curtos e gestos expressivos.
Fique sabendo https://bit.ly/2ySRLkm
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