Marcar por pressão, como faz o Flamengo, pode
resultar em derrotas por goleada
Mesmo
as grandes equipes, como Bayern e Manchester City, de vez em quando sofrem
Tostão, Folha de S. Paulo
A goleada do
Inter sobre o Flamengo, por 4 a 0, foi, em parte, consequência do
risco de marcar por pressão, no campo do adversário, com a defesa adiantada,
como faz o Flamengo. Essas goleadas não acontecem com mais frequência pela
qualidade do Flamengo e pela ineficiência dos adversários, que não aproveitam
os grandes e inevitáveis espaços deixados na defesa.
Evidentemente,
o Flamengo, como todas as equipes que adotam essa postura, podem diminuir os
riscos. Para isso, é necessário sincronizar e posicionar bem os jogadores, além
de ter defensores e goleiros rápidos e atentos.
Na maioria dos
times brasileiros, os zagueiros atuam colados à grande área e deixam grandes
espaços entre eles e os armadores, quando estes avançam para pressionar mais à
frente. Por outro lado, se os zagueiros atuam muito adiantados, deixam enormes
espaços nas costas. Para diminuir os riscos nas duas situações, os zagueiros
deveriam atuar na intermediária, entre a grande área o círculo central.
No futebol
atual, é cada vez mais necessário que as equipes se preparem para jogar das
duas maneiras, com a marcação mais adiantada e com a mais recuada, de acordo
com o adversário e com o momento do jogo. Para isso, é preciso treinar
bastante.
Penso que a
melhor indicação de se jogar com três zagueiros é para fazer a marcação mais à
frente, por pressão, pois um dos zagueiros fica mais centralizado e mais
recuado, para, nos contra-ataques, fazer a cobertura dos outros dois. Com os
três zagueiros, os outros sete jogadores podem pressionar no campo adversário.
Na maioria das
vezes, as equipes usam os três zagueiros para jogar defensivamente, formando
uma linha de cinco, recuada, com os dois alas.
Mesmo as
grandes equipes, como Bayern, Manchester City, Liverpool e outros, que executam
muito bem a marcação por pressão, de vez em quando, sofrem goleadas. Além dos
riscos, esses resultados ocorrem também por outros motivos, pelo relaxamento e
por inúmeros detalhes, acasos, escolhas equivocadas e erros técnicos.
Hoje, será
quase impossível o Flamengo, em casa, sofrer muitos gols do Olímpia. O
Flamengo, nas quatro partidas das quartas de final da Libertadores, é o único
favorito. Poderemos ter de um a quatro brasileiros nas semifinais.
MESSI NO PSG
Messi, chorando, despediu-se do
Barcelona. O time catalão, por causa das novas regras do futebol
espanhol, anunciou que não tinha
condições de pagar nem a metade do salário.
Quem vestirá a
camisa 10 do PSG? No Barcelona, Messi era o centro das jogadas. Era armador e
atacante, enquanto Neymar era o atacante pela esquerda, o que fazia as jogadas
pela ponta ou pelo meio, para decidir. Já no PSG, o centro do time tem sido
Neymar.
Mbappé não tem
as características de Suárez, que, no Barcelona, era um centroavante que se
movimentava à frente, pelo centro, para finalizar ou facilitar as jogadas para
Messi e Neymar. Mbappé é um atacante veloz, que aproveita todos os espaços do
ataque. Não será fácil agrupá-los em campo, nos lugares certos para cada um.
Messi fez uma boa opção financeira
e técnica. Outra possibilidade seria ter ido para a Argentina, jogar no
Newell's Old Boys, o time da infância, para ficar em forma até a Copa do Mundo.
Depois do Mundial, faria tudo o que sonhou, mas que o supercraque Messi não
permitiu. Seria o voo da liberdade, até sentir saudade do futebol. “As coisas
vão e voltam. A vida nem é da gente.” (João Guimarães Rosa)
Veja: Uma tremenda
demonstração de fraqueza https://bit.ly/3lRLcVT
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