A construção coletiva das idéias é uma das mais fascinantes experiências humanas. Pressupõe um diálogo sincero, permanente, em cima dos fatos. Neste espaço, diariamente, compartilhamos com você nossa compreensão sobre as coisas da luta e da vida. Participe. Opine. [Artigos assinados expressam a opinião dos seus autores].
11 outubro 2021
Crônica da segunda-feira
Off-line
“Oxe,
será que a minha internet está com problema? O que houve? Vou ligar para a
empresa... Não, espera, antes deixa eu ligar e desligar esse roteador. Poxa,
não adiantou.”
“Alô,
boa tarde, a internet aqui de casa caiu, aconteceu algo por aí?
“Boa
tarde, Jéssica. Não foi só com você, nem foi culpa do seu roteador ou da sua
conexão. Os aplicativos do WhatsApp, Facebook e Instagram estão fora do ar”.
Respondeu, pacientemente, Carol, dona do provedor da internet no qual sou
cliente.
O
sentimento de chateação logo tomou conta de mim e percebi o quanto sou
dependente. Fiquei de hora em hora checando o celular vendo se o problema tinha
sido resolvido. Caramba, e se de repente a internet deixasse de existir, como
seria? Essa pergunta ficou martelando a minha cabeça por horas até que: pimba,
ela voltou.
“Então,
Dona Internet resolveu dar o ar da graça?” A terra quase parou por seis horas e
você reaparece assim? Do nada? Exijo uma explicação.”
Garanto
que a mesma inquietude e sensação de dependência que eu senti, milhares de
brasileiros também sentiram. Quantas pessoas ficaram impossibilitadas de
trabalhar, de se comunicar instantaneamente e até deixaram de lucrar durante
esse tempo? Até o próprio Mark Zuckerberg perdeu bilhões e sentiu na pele a
proporção que a coisa tomou.
A
internet modernizou as maneiras de ensino, aproximou pessoas, gerou novas
formas de empreender, de ajudar o próximo, como também revelou profissionais e
artistas.
Mas,
também propaga a violência e é responsável pelo desenvolvimento de depressão e
ansiedade em algumas pessoas, além de abrir as portas para criminosos
praticarem crimes virtuais.
Diante
dos prós e dos contras, a pergunta que não quer calar é: você conseguiria viver
sem a internet para sempre? Eu acho que só saberíamos responder, se de fato,
tivéssemos que experimentar de verdade. Por enquanto vamos nos deliciando, de
forma consciente, com esse prato quente que nos é oferecido sem limites.
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