EUA não são os mesmos, nem o Brasil será
Luciano Siqueira
Ao convocar a chamada Cúpula das
Américas agora, em Los Angeles, o presidente Biden protagoniza lances
expressivos da perda relativa de força e influência do país que governa.
A reunião — que tem entre outras
intenções reagir à crescente presença chinesa no subcontinente, através de
relações comerciais mutuamente proveitosas — se faz semi esvaziada pela
ausência de Cuba, Venezuela e Nicarágua, que não receberam convites, e do México
que se recusou a participar.
O fato é que num cenário global de
transição do domínio unipolar norte-americano a uma nova situação de
multipolaridade, já não se pode dizer como antigamente que a América Latina é
uma espécie de quintal dos EUA.
Até mesmo o Brasil, que sob o governo
atual se converteu em pária internacional, deu certo trabalho para aceitar
comparecer à reunião.
Embora Bolsonaro tenha estabelecido
relação de alinhamento automático e subserviência aos norte-americanos, não guarda
relação de proximidade com o presidente Biden por uma espécie de dor de
cotovelo por ter derrotado o antecessor, Trump, ídolo do capitão presidente.
Nessa cena diplomática de segunda
categoria, está contida uma variável que tende a se concretizar em outubro:
tanto quanto os EUA já não são como antigamente, o Brasil de agora, depois do
pleito presidencial, já não será o mesmo.
O fato e a ideia https://bit.ly/3n47CDe
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